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Lexotan e Valium podem faltar em Portugal

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Alteração de operador logístico atrasa fornecimento de fármacos da Roche

Há farmácias que têm falta de medicamentos psicotrópicos dos laboratórios Roche. Fármacos como Dormicum, Lexotan, Rivotril, Rohypnol e Valium não estão a ser distribuídos pela farmacêutica, uma vez que a Roche alterou o seu operador logístico, que não possui ainda licença, publicada em Diário da República, para distribuir este tipo de produtos.

O novo operador logístico, que criou recentemente a Rangel Pharma, obteve já a licença obrigatória para transporte e armazenamento de psicotrópicos, mas a mesma só tem efeito legal a partir do momento em que é publicada em Diário da República, o que ainda não aconteceu, apesar da rapidez com que o Infarmed tratou do processo de autorização.

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Segundo o Infarmed, «o tempo médio expectável para a apreciação de um processo de autorização para comercialização por grosso, importação e exportação de psicotrópicos e estupefacientes é de 120 dias. O Infarmed conclui este processo em 50 dias - dias estes que incluem os feriados e pontes do mês de Dezembro -, menos de metade do habitual, apesar de se tratar de um processo «complexo por se tratar do licenciamento de substâncias psicotrópicas», que envolve outros organismos como o Ministério da Justiça.

Armazenistas e farmácias já referem falta de medicamentos

Apesar de a informação recolhida na Roche, o «PortugalDiário» contactou armazenistas e farmácias que se queixam já da falta de alguns fármacos. Contudo, e confrontada com esta informação, a farmacêutica suíça garante que avisou os clientes da mudança de operador, pedindo que os armazenistas fizessem reforço de stock.

Segundo alguns distribuidores, esse reforço foi realizado no passado dia 17 e até hoje não foram fornecidos mais fármacos.

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Roche garante reforço de dois meses

A Roche garantiu ao «PortugalDiário» que o «reforço daria para dois meses». No entanto, os contactos do nosso jornal junto dos distribuidores e das farmácias dão conta que estão já deficitários de alguns produtos psicotrópicos.

Fonte do sector farmacêutico, revelou que, no início da semana, a Roche avisou que a Rangel Pharma não tinha conseguido a licença especial para transportar estes fármacos.

Contudo, a celeridade do Infarmed permitiu que a mesma estivesse já emitida esta quinta-feira. Resta esperar pela publicação em Diário da República.

Contactado pelo «PortugalDiário», um armazenista, que não quis identificar-se, garantiu que «é impossível que a falha de medicamentos não se agrave nos próximos dias».

O Infarmed não tem conhecimento de qualquer ruptura de stock, uma informação que tem de ser prestada à Autoridade Nacional dos Medicamentos.

O «PortugalDiário» contactou a Rangel, mas não foi possível, em tempo útil, obter uma reacção a esta notícia.

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