A partir de agora é mais fácil ver-se livre dos velhos electrodomésticos lá de casa. Telemóveis antigos, televisões, computadores, ferros de engomar ou mesmo varinhas mágicas têm novos pontos de recolha mais perto dos portugueses. O «ponto electrão» chegou esta terça-feira aos centros comerciais.
A Amb3E, associação que gere a reciclagem de equipamentos eléctricos, está a colocar contentores nos parques de estacionamento de cinco centros comerciais portugueses com o objectivo de aproximar os cidadãos da reciclagem de equipamentos. Trata-se de uma iniciativa inédita na Europa.
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No «ponto electrão» poderão ser colocados os equipamentos eléctricos e electrónicos em fim de vida que não tenham mais de 55 centímetros, excluindo ainda microondas, lâmpadas incandescentes e tubulares. Nesta fase, os «ponto electrão» estarão disponíveis nos centros comerciais Colombo e Vasco da Gama, em Lisboa, no Cascaishopping, no Norteshopping, no Porto, e no Gaiashopping.
«A criação do Ponto Electrão vem facilitar a vida de todos e integra-nos nesta rede de recolha, tratamento, reciclagem e valorização de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos. Agora já ninguém terá desculpa para pôr no lixo comum os seus REEE». explica Fernando Lamy da Fontoura, Director Geral da Amb3E.
Porta a porta
Para além de poder entregar os seus electrodomésticos em fim de vida nos novos locais, situados nos centros comerciais, e nos centros de recolha em todo o país (saiba onde aqui), a Amb3e promove também uma campanha porta-a-porta, denominada «Electro Trocados», que visa contactar directamente 164 mil lares portugueses até final de 2008.
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O PortugalDiário acompanhou uma das equipas nas acções de rua. «A campanha passa por sensibilizar toda a população sobre o que é a recolha e reutilização de equipamentos eléctricos e electrónicos. As pessoas têm de ser informadas dos locais onde podem depositá-los», explicou Sandra Silva, chefe de umas das equipas que actualmente trabalha no Seixal.
As equipas «Electro Trocados» explicam aos cidadãos que há uma alternativa para os seus velhos equipamentos. No caso de torradeiras, computadores ou outros objectos de pequena dimensão a recolha é imediata. Todo o processo é gratuito, no entanto, nem todos o aceitam de «braços abertos».
«A desconfiança é sempre a primeira evidência. Mas como falamos em reciclagem as pessoas acabam por ficar com a informação.», adiantou Sandra Silva ao PortugalDiário.
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Destino final
As Unidades de Tratamento e Valorização de Resíduos transformam os velhos equipamentos em matéria reutilizável. Nas instalações visitadas pelo PortugalDiário foi possível verificar que um frigorifico pode ser destruído, por completo, em apenas alguns segundos.
Os centros de recolha destes electrodomésticos em fim de vida estão espalhados por todo o país e, no final de 2008, deverão chegar aos 250. O potencial deste mercado é elevado, uma vez que muitos portugueses, cerca de 80 por cento, ainda não reciclam os seus equipamentos. Segundo a Amb3E, Portugal é um dos países da UE que mais tem evoluído nesta reciclagem.
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