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Covid-19: praias vão ter lotação máxima de banhistas

Esta lotação máxima vai ser calculada em função da “capacidade de carga” de cada praia

As praias nacionais vão ter lotação máxima de banhistas durante a época balnear, na sequência da pandemia de Covid-19, que vai ser calculada em função da “capacidade de carga” de cada praia, informou esta quarta-feira a coordenadora do Programa Bandeira Azul.

As praias, sendo espaços públicos, também terão de ter os procedimentos e regras a serem implementados para segurança de todos e que têm a ver, obviamente, com o distanciamento social”, para impedir a propagação da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus, explicou à agência Lusa a coordenadora nacional do programa Bandeira Azul da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), Catarina Gonçalves.

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A responsável disse que está a ser elaborado um “manual de procedimentos sobre o acesso às praias” de Portugal, um trabalho que está a ser desenvolvido por várias organizações, entre as quais a Marinha portuguesa, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o Instituto de Socorro a Náufragos (ISN) e a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Este guia deve estar pronto “na primeira semana de maio”, sublinhou Catarina Gonçalves, e incorporará a capacidade de carga de cada praia.

Vamos ter de avaliar a possibilidade e a forma de calcular a capacidade de carga das praias, isto é, as praias têm um limite. A área concessionada de uma praia está limitada fisicamente, isto é, tem uma dimensão de extensão e de largura, de acordo com a preia-mar”, prosseguiu.

A coordenadora da ABAE explicou que a lotação máxima das praias vai ter em conta “as recomendações” da DGS, nomeadamente, “do que é o espaço seguro para as sombras e para os chapéus de sol” e o distanciamento entre as pessoas.

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“Questões mais práticas que têm que ver com a higienização dos espaços, a utilização de máscaras, a própria utilização de esplanadas e bares - saber se é passível de ser feita ou não e em que condições se for feita -, os passadiços, os chuveiros, as gaivotas, os escorregas, as espreguiçadeiras, tudo isso terá que ter uns procedimentos de higiene, obviamente muito mais apertados”, realçou.

Contudo, Catarina Gonçalves referiu que nas praias é “muito mais complicado” implementar estas medidas, uma vez que “não se pode pôr uma fita amarela” para definir o espaço utilizado pelos banhistas.

Por esse motivo, a fiscalização “vai ter de ser diferente” e a responsável espera que haja “bom senso” por parte dos banhistas para cumprir as regras que vão ser estabelecidas.

Estamos muito preocupados com as frentes urbanas, porque não têm uma entrada e uma saída de uma praia. Todo o passeio marítimo, por exemplo, é uma entrada de praia, o que dificulta bastante a fiscalização."

Portugal regista 785 mortos associados à Covid-19 em 21.982 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 23 mortos (+3%) e mais 603 casos de infeção (+2,8%).

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