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Taxistas recusam deslocações a bairros de risco

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Associação quer incentivar taxistas a não efectuar serviços em determinados bairros da cidade do Porto

A Associação de Defesa e Segurança dos Motoristas de Táxi do Porto (ADSMTP) anunciou hoje que pretende incentivar os taxistas a não efectuar serviços a determinados bairros da cidade considerados problemáticos e associados ao consumo e tráfico de drogas.

«A partir de Janeiro queremos realizar acções pedagógicas, contando com o apoio da PSP, no sentido da prevenção da insegurança», disse à Lusa Augusto Santos, presidente da associação.

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Segundo o responsável, através de reuniões, encontros com a PSP e outras entidades, bem como com a distribuição de panfletos, a associação quer alertar os taxistas para os riscos que correm fazendo serviços em bairros sociais de risco, nomeadamente o Aleixo, S. João de Deus, Cerco e Pinheiro Torres.

Minimizar riscos para os taxistas

«Sabemos distinguir um toxicodependente de um outro cliente», afirmou Augusto Santos, frisando que o objectivo destas «acções pedagógicas» é «incentivar os taxistas a não responder a uma chamada» para uma deslocação a um bairro considerado problemático, de modo a «minimizar os riscos para os taxistas».

Esta posição da ADSMPT surge na sequência da morte de um taxista de Gaia, terça-feira passada, que teria sido chamado para fazer um serviço ao bairro do Aleixo.

Sublinhando que os taxistas podem recusar-se a ir a determinados locais, «alegando razões de segurança», Augusto Santos «defendeu novamente a obrigatoriedade de instalação do separadores nos táxis», bem como uma maior presença das forças de segurança nesses bairros sociais.

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«Não são só os taxistas que sabem que há riscos nesses bairros, a PSP também sabe», disse o responsável, defendendo que, por isso, «deveria [a PSP] estar mais presente nesses locais».

Para a associação, o separador é «o único sistema de segurança defensivo».

«No entanto, nenhum dos cerca de 800 táxis existentes no Porto dispõe deste dispositivo», frisou.

A associação entende que o Governo deveria tornar obrigatória a instalação deste sistema de segurança, que representa um investimento de cerca de 600 euros.

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