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Testemunhas viram Joana

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Defesa de Leonor aposta no testemunho de quem garante ter visto a menor após a hora do crime, mas advogado não quer provar a tese da venda. «Importante é pôr em causa o homicídio». Inspectores da PJ processam procurador no caso das agressões

A defesa de Leonor Cipriano, mãe de Joana, vai requerer a audição de testemunhas que afirmam ter visto a criança após a hora do crime, soube o PortugalDiário.

No recurso de revisão de sentença que irá apresentar, em breve, a arguida vai ainda indicar como testemunha uma irmã, a quem os dois arguidos terão confessado que a menina foi vendida para o estrangeiro.

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Ouvido pelo PortugalDiário o advogado de Leonor Cipriano, João Grade, referiu que o «importante é pôr em causa a tese do homicídio e, na dúvida, levar os juízes a absolverem os arguidos».

Segundo o causídico, «a defesa não tenciona provar a tese da venda», mas apenas abalar a convicção do tribunal quanto ao homicídio.

«Algumas testemunhas por nós indicadas não chegaram a ser ouvidas porque o tribunal prescindiu de as escutar. Fiquei a saber que têm elementos que podem alterar a decisão e é por isso que entendo que devem ser ouvidas agora», sublinhou.

As informações de que a menina terá sido vista após a hora do crime e de que foi vendida «podem ajudar» o advogado a conseguir a absolvição da arguida.

O causídico não comentou a acusação contra o cinco inspectores da PJ porque afirma não ter lido ainda o despacho.

Inspectores processam magistrado do MP

Entretanto, o advogado dos cinco inspectores da PJ acusados no caso das agressões a Leonor Cipriano anunciou a intenção de processar o procurador António Correia, que deduziu a acusação, e referiu à Lusa que a decisão do magistrado é «um acto de natureza política».

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O Ministério Público acusou o actual director da PJ de Portimão, Gonçalo Amaral, pelo crime de omissão de auxílio, três inspectores da Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB) por um crime de tortura e um quinto inspector da DCCB por falsificação de documento, referindo-se à nota interna em que este funcionário dá conta de uma queda das escadas que levou Leonor ao hospital. O crime terá ocorrido em Outubro de 2004.

«A acusação é um acto de natureza política e incompetente do ponto de vista técnico-jurídico. Isso é inquestionável», referiu à Lusa António Pragal Colaço, que tenciona apresentar uma queixa-crime contra o procurador pelos crimes de «falsificação (intelectual) de documento, prevaricação e abuso de autoridade».

De acordo com o presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC), Carlos Anjos, a acusação «não tem ponta por onde se pegue» já que, por um lado, o procurador admite não saber quem executou as agressões, mas depois acusa três inspectores pelo crime de tortura.

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Além disso, refere ao PortugalDiário o mesmo responsável, «o procurador omite que Leonor Cipriano foi chamada a identificar oito inspectores e apenas conseguiu lembrar-se de dois, tendo referido que aqueles a tinham interrogado mas não a tinham agredido.

«Então ela elimina aqueles dois, além disso refere que os agressores tinham cerca de 35 anos, e depois o procurador acusa as pessoas que ela ilibou e ainda o chefe destes que tem 60 anos, e que até se reformou entretanto?», interroga-se.

Leia a continuação deste texto: «Se acusou é porque tinha matéria para isso»

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