Já fez LIKE no TVI Notícias?

Carjacking: dê um telemóvel ao seu carro (vídeo)

Relacionados

Se ele for alvo de roubo, com uma chamada telefónica poderá imobilizá-lo em segurança e localizá-lo em poucos minutos

O carjacking cresce a cada dia que passa e, talvez por isso, surgem cada vez mais sistemas de segurança para proteger os automóveis e os seus proprietários. O PortugalDiário foi conhecer um dos sistemas mais recentes e inovadores: «o Wireless Safe Car».

A I-Mob, empresa responsável pela ideia, «nasceu em 2002 no Reino Unido», fruto da ideia de dois britânicos que trabalhavam para marcas de luxo e que perceberam a emergência do carjacking, explicou ao PortugalDiário Alexandre Martins, director-executivo da empresa em Portugal.

PUB

Em Janeiro de 2007, a I-Mob chegou a terras lusas e em Janeiro de 2008 assinou uma parceria com a empresa de telecomunicações Vodafone, que permitiu a criação do «Wireless Safe Car».

O que é e como funciona?

«O Wireless Safe Car resulta de um acordo que permite colocar um sistema oculto dentro das viaturas. Este tem um módulo para comunicações através de GSM, via cartão da Vodafone, e uma antena GPS para fazer a localização da viatura», explica Alexandre. «No caso de furto é possível enviar, via telemóvel, comandos para a viatura que levam à sua imobilização, em segurança, assim que fizer uma paragem superior a quatro segundo». Após estar imobilizada, e com os quatro piscas ligados, «o veículo telefona ao proprietário, para lhe dizer que está parada e onde está parada».

Basta fazer uma simples chamada para o número 91xxxxxx instalado no carro, inserir uma password e escolher a funcionalidade pretendida. Por exemplo: «imobilizar a viatura carregue na tecla nº 2; para saber a localização carregue na tecla nº 9».

PUB

«De alguma forma», admite Alexandre Martins, «damos um telemóvel ao carro para que ele comunique connosco» em qualquer situação. Como por exemplo «acidentes».

Quem são os clientes e quanto custa

«Vai das figuras públicas, ao comum dos mortais», afirma Alexandre que por motivos de segurança não quer referir nomes, nem um número certo de clientes. «A oferta ao público ronda os 620 euros - versão base - e os 820 - a versão Premium. A que se junta uma tarifa mensal de oito euros para o cliente».

Através de parcerias, a Lexus e a Toyota oferecem na sua lista de opções este sistema ao comprador. Mas também as seguradoras têm demonstrado interesse pelo sistema, como a Zurich, que faz descontos aos clientes com esta tecnologia. No entanto, o Wireless Safe Car pode ser instalado em qualquer viatura, de qualquer marca.

PUB

O próprio Governo, através do grupo de trabalho que criou para a luta contra o carjacking, tem procurado informação sobre esta tecnologia e recomenda que a sua instalação seja incentivada.

O que motiva o carjacking?

Ligado aos sistemas de segurança de viaturas há vários anos, Alexandre Martins explica que «normalmente, o carjacking está associado a situações de roubo por encomenda. É possível, por exemplo, comprar um salvado de uma marca conceituada «por 500 euros e depois pagar a um carjacker 1500 a 2000 euros para roubar um carro igual. Faz-se as alterações necessárias e passamos a ter uma viatura que vale milhares de euros, o que dá com um lucro tremendo. Outro motivo é o roubo das caixas de multibanco».

O fenómeno não é novo: «Nos Estados Unidos existe há muitos anos, desde que foram criadas chaves com codificação. No Brasil também. E até a nossa vizinha Espanha sofre do mesmo tipo problema. Não é só Portugal que vive este crime da moda».

Os automóveis evoluíram e os criminosos adaptaram-se. Quando os automóveis passaram a ter sistemas de ignição com código, o roubo através de ligação directa deixou de ser possível. «Os cabos estão ligados e só funcionam com um código - na chave - para fazer ignição». Ou seja, actualmente para se roubar um veículo, o ladrão precisa da chave.

PUB

Relacionados

Últimas