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Pedofilia: bispo de Viseu pede a sacerdotes para serem «santos»

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D. Ilídio Leandro sublinha que se vivem tempo de «desconfiança sobre a instituição eclesial»

O bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, defende que é «urgente» os sacerdotes serem «santos» e viverem segundo o Evangelho, numa altura em que existe «alguma desconfiança sobre a instituição eclesial».

«Nestes tempos difíceis e com alguma desconfiança sobre a instituição eclesial pelo facto de tantos sacerdotes terem manchado a nobreza da sua consagração ao serviço da evangelização», o bispo sublinha que «para um sacerdote, ser santo é quase uma exigência natural», atendendo ao «conteúdo e especificidade» do seu ministério.

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«De facto, ainda que a eficácia sacramental não dependa da santidade do ministro, a eficácia pastoral depende e muito, certamente. Nós somos pastores em tudo o que somos, o que vivemos, o que dizemos e o que fazemos», acrescenta, em carta dirigida aos padres da diocese em tempo de Páscoa, citada pela Lusa.

Nas últimas semanas têm sido noticiados novos casos de pedofilia na Igreja católica europeia. Sem usar especificamente a palavra pedofilia na carta, o bispo de Viseu apela aos sacerdotes que sigam o exemplo do «Bom Pastor» e se distingam «por um estilo de vida evangélico».

«Ser santo deveria ser, para nós sacerdotes, como falar, como agir, como viver, acções comuns e diárias do nosso ministério. De facto, não há dúvida de que o ano sacerdotal é um apelo muito forte à santificação de todos os ministros ordenados», considera.

O prelado diz partir da certeza de que «o chamamento e a consagração não imunizam do erro, nem da infidelidade» e que «a fidelidade e a santidade só se conseguem quando e se a escolha e a vida dos sacerdotes tiverem como critérios os do Evangelho».

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D. Ilídio Leandro refere aos sacerdotes que «nunca foi fácil o exercício da missão pastoral, uma vez que supõe e exige a intolerância para com o mal e a proposta, o anúncio e a vivência dos valores do Evangelho».

«Temos consciência de que a Igreja, enquanto instituição temporal e formada por homens e mulheres, frágeis e sujeitos a quedas e a pecados, tem muitos limites e imperfeições», frisa o bispo.

«Porém, se a consciência destas realidades exige atenção, esforço e heroicidade por um lado e humildade conversão e purificação por outro, nada pode diminuir a verdade, a grandeza e a dignidade da nossa missão», acrescenta.

«Muito menos, nada justifica a condenação precipitada, superficial e unilateral, a generalização fácil e injusta ou a marginalização tendenciosa e abusiva», sublinha.

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