A secretaria de Estado da Cultura confirmou à agência Lusa o pedido de demissão apresentado na quinta-feira pelo conselho directivo da Fundação Centro Cultural de Belém (CCB), mas disse «estranhar o tom catastrofista» de um dos elementos.
A escritora Lídia Jorge, que integra aquele órgão da fundação, disse nesta sexta-feira à agência Lusa que a decisão foi tomada por causa da demissão «injusta» de António Mega Ferreira da presidência do conselho de administração da fundação, tendo sido substituído por Vasco Graça Moura.
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«Pedimos a demissão em bloco (¿) As circunstâncias em que António Mega Ferreira contou como foi despedido é alguma coisa que não pode acontecer num mundo civilizado, num mundo democrático. Politicamente é legítimo mas não me parece justo. Convém as pessoas darem um sinal à tutela de que há limites de decência na mudança dos cargos», disse Lídia Jorge citada ela Lusa.
Fonte oficial da secretaria de Estado da Cultura (SEC) disse à agência Lusa «estranhar o tom catastrofista das declarações proferidas pela escritora Lídia Jorge, dado que as mesmas não são coincidentes com a forma exemplar como foi efectuada a transição de funções entre o Dr. Mega Ferreira e o Dr. Graça Moura».
Em comunicado, a mesma fonte sublinhou que a substituição de António Mega Ferreira na presidência da fundação CCB, «uma vez terminado o seu mandato, é algo perfeitamente normal numa sociedade em democracia».
Do conselho directivo agora demissionário fazem parte Lídia Jorge, João Caraça, Vasco Vieira de Almeida, António Rebelo de Sousa, Laborinho Lúcio e Clara Ferreira Alves.
O mandato do conselho agora demissionário tinha duração até 2013.
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