Todos os dias morrem pessoas nas estradas portuguesas. Não são poucas, são muitas, são demasiadas. A nossa «guerra civil» trava-se no quotidiano, com portugueses a matarem-se tendo como armas os seus veículos.
O acidente da A-23 soma-se a tantos outros que vão acontecendo um pouco por todo o país. E no topo das preocupações continuam a incúria dos condutores, o excesso de velocidade, as manobras perigosas e o álcool. Isto para além do mau estado das estradas e do mau traçado das mesmas, embora em grande parte dos casos isso nem sequer tenha influência.
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A morte das estradas deverá ser um dos pontos de grande reflexão da nossa sociedade. Nunca é demais falar das suas causas, da prevenção necessária e não só da punição nem sempre exemplar. Portugal precisa de todas as ideias, de choque, de imagens, de testemunhos, de reflexão, de mudança absoluta. De formação contínua, de atribuição mais rigorosa das cartas de condução. De reciclagem
É urgente envolver a sociedade neste problema, chamar as crianças, os adultos, todos, para que surja uma verdadeira mudança de mentalidades. Para que os acidentes sejam apenas um acaso infeliz, uma tragédia totalmente ocasional, e não uma triste sina que atinge todas as famílias, que não deixa ninguém ileso. Como numa Guerra.
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