Heitor Lourenço não ganhou para o susto quando, na última terça-feira, retiraram toda a gente do avião em que se preparava para embarcar de Paris para Lisboa e o detiveram por suspeitas de terrorismo. Uma ida a Paris, “para ver alguns espetáculos”, valeu-lhe uma detenção e várias horas de interrogatório. Enquanto esperava para embarcar, o ator lia “algumas mensagens de caráter budista”, mas um outro passageiro achou que estava a ler o Corão e mensagens “relacionadas com morte e explosões” e reportou a situação dentro do avião.
PUB
Disse-lhes: 'tenho uma profissão pública. Sou relativamente conhecido no meu país. Porque é que não fazem uma pesquisa no Google?!'“Às tantas, toda a gente foi retirada do avião e, quando eu ia a sair, tinha agentes da autoridade à minha espera, pegaram-me por um braço, sem grande aparato (fui extremamente bem tratado) e meteram-me dentro de um carro. Levaram-me para a esquadra do aeroporto, fui revistado e tiraram-me tudo. Fiquei só com a roupa do corpo. Mandaram-me para uma sala onde finalmente fui interrogado e onde percebi do que estava a ser acusado e o que estava a acontecer”, contou o ator à TVI.
“A minha história prova que aquele pai que me denunciou tinha os seus alertas a funcionar e as autoridades funcionam”“Ficámos “amigos”. Ainda agora, antes de falar consigo, estava ao telefone com ele. Ele contou-me que, quando a polícia lhe disse que eu o queria conhecer, ele disse que não, que não se sentia confortável. E os polícias que lhe disseram: “olhe que vai gostar muito de o conhecer! É uma pessoa tão calma, tão simpática”.”
PUB