André Peralta Santos, da Direção-Geral da Saúde, revelou esta segunda-feira, na reunião do Infarmed, que Portugal tem registado “uma consolidação da tendência de descida”, sublinhando que o país tem uma incidência de 302 casos por 100 mil habitantes.
Apesar de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Centro apresentarem uma incidência superior a 480 casos por 100 mil habitantes, o especialista sublinhou que há “um claro desagravamento da situação”.
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Quando analisamos a variação da incidência, a tendência é de que está claramente a decrescer. O país está com uma variação semanal decrescente acima de 30 casos por 100 mil habitantes”, revelou.
Todos os grupos etários também mantêm a tendência de descida. No entanto, são os maiores de 80 anos os mais afetados.
Quando analisamos os últimos meses, o grupo com mais de 80 é o com maior incidência”, frisou.
Há também uma consolidação semanal da descida do número de óbitos na ordem dos 37%. André Peralta Santos sublinhou que os números são idênticos aos apresentados no início do mês de janeiro.
Há também uma consolidação da descida nas hospitalizações e nos cuidados intensivos. Estamos, neste momento, com os números semelhantes aos do meio do mês de janeiro", revelou.
Lisboa continua a ser a região com incidência mais elevada.
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Carla Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, falou sobre as perceções sociais sobre a Covid-19. A especialista revelou que, no que toca à saúde mental, "quase todos os dias se sentiram agitados ou ansiosos um em cada quatro portugueses”. Esses valores tendem a descer durante o período do verão.
Sobre o nível de confiança dos portugueses na resposta dos serviços de saúde à crise pandémica, o resultado tem sido “negativo”, com um decréscimo constante desde o verão até à semana do Natal, altura em que se registou uma queda abrupta dos níveis de confiança. Atualmente a tendência é de subida.
Semelhante foi o resultado da perceção dos portugueses em relação às medidas de restrição. De acordo com a especialista, 68,9% das pessoas considera que as medidas tomadas pelo Governo são pouco ou nada adequadas ao combate da pandemia.
São os valores mais baixos ao longo da pandemia", afirmou.
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