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Fumadores não estão «preocupados»

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O dia Nacional do Não Fumador assinala-se esta terça-feira. Lei não está a ter «resultados esperados»

Esta terça-feira assinala-se o Dia Nacional do Não Fumador, quase dois anos depois de entrar em vigor uma lei que deveria reduzir o fumo em locais públicos mas que, segundo especialistas, não está a ser efectiva, escreve a Lusa.

A especialista em tabagismo Sofia Ravara, diz que não temos «uma boa política de espaços sem fumo, a lei é ambígua e permite demasiadas excepções, e não está a ser efectiva porque também não está a ser fiscalizada».

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Além disso, os portugueses, que fumam em média 18 cigarros por dia durante 28 anos, parecem não estar preocupados com as consequências do seu acto. «Os fumadores estão a procurar menos ajuda», garante Sofia Ravara.

Esta tendência tem sido observada na Linha SOS Deixar de Fumar (808 208 888), criada em 2002 para aconselhar e apoiar os fumadores. O coordenador do serviço diz que os telefonemas têm vindo a diminuir nos últimos dois anos. Agora recebe três a quatro chamadas por dia.

Para inverter esta situação, o Dia Nacional do Não Fumador conta com iniciativas em Lisboa, Braga e Coimbra.

Mais cinzeiros em Lisboa

Até ao final do ano, as ruas de Lisboa terã mais de mil novos caixotes com cinzeiro, para ajudar a fazer face aos milhares de «beatas» que diariamente são atiradas para o chão desde que é proibido fumar nos edifícios.

A nova lei do tabaco, que entrou em vigor em Janeiro de 2008 e passou a proibir o fumo no interior dos edifícios, veio aumentar significativamente o número de pontas de cigarro atiradas para a via pública, obrigando as autarquias a medidas especiais de limpeza.

Carlos Ferreira, director do departamento de Higiene Urbana da Câmara, confirmou que desde que a lei entrou em vigor, se verificou que o número de beatas na rua aumentou. «No início bastante, sobretudo perto de bancos, restaurantes e serviços municipais. Ficámos atentos desde o início e tomámos medidas para conter este tipo de resíduos», explicou à Lusa.

Mas as medidas para combater a sujidade causada pelas pontas de cigarro não se ficaram pela autarquia. «As instituições, as próprias entidades, como a restauração também se adaptaram e colocaram recipientes na entrada dos estabelecimentos», algumas por sua iniciativa, outras por solicitação da autarquia.

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