A Sociedade Portuguesa de Pneumologia defende que o cigarro eletrónico é «um retrocesso» na luta contra o tabagismo, pelo que recomenda que não seja utilizado enquanto os efeitos e a eficácia não forem provados.
«O cigarro eletrónico não deve ser utilizado enquanto não se conhecerem os efeitos que têm na saúde e não devem ser utilizados na cessação tabágica enquanto não houver ensaios clínicos fiáveis que provem a sua eficácia», afirmou a Coordenadora da Comissão de Trabalho de Tabagismo, Ana Figueiredo.
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A Sociedade Portuguesa de Pneumologia e a Sociedade Portuguesa de Cardiologia reuniram-se este sábado numa sessão institucional para debater aquela que figura como uma das principais causas da doença respiratória e cardiovascular.
Os dados do Relatório «Prevenção e Controlo do Tabagismo em números - 2013», do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo, revela que mais de 90% dos fumadores portugueses iniciaram o consumo antes dos 25 anos e que existe uma tendência para o aumento do consumo de tabaco entre os jovens escolarizados.
«Alguns jovens não fumadores podem começar a usar e-cigarros por acreditarem ser menos nocivo do que fumar cigarros. Esta é uma questão que não podemos negligenciar. Não se trata apenas de olharmos para o cigarro eletrónico como um incentivo ao consumo e dependência da nicotina mas também como um retrocesso na longa batalha que ao longo dos anos temos vindo a travar contra o tabagismo», acrescentou Ana Figueiredo.
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«Congresso não fumador, incluindo equipamentos eletrónicos» foi a mensagem que o XXX Congresso de Pneumologia procurou transmitir, à semelhança do que ocorreu no Congresso da European Society Respiratory (ERS), realizado, em setembro, em Munique.
Asma brônquica, DPOC, cancro do pulmão, pneumonias, cuidados respiratórios domiciliários e reabilitação respiratória foram temas debatidos no XXX Congresso de Pneumologia que reuniu mais de 700 profissionais de saúde nacionais e internacionais.
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