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Este curso vocacional pode dar um emprego no futuro

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Nuno Crato assinou com a EDP um protocolo de alargamento do curso vocacional em redes elétricas. Empresa vai necessitar de substituir 2.000 pessoas nos próximos cinco anos. Em 2014, segundo o MEC, mais de 27 mil alunos frequentaram cursos vocacionais

O acordo entre a empresa de produção e distribuição de energia e o Governo pretende reforçar o curso vocacional no ensino secundário de técnico de redes elétricas, que no ano letivo transato funcionou pela primeira vez na escola secundária António Damásio, em Lisboa. Os cursos vocacionais foram lançados em 2012-2013, no ensino básico, tendo apenas chegado esta oferta formativa ao ensino secundário no ano letivo seguinte. O arranque, em ambos os casos, decorreu no âmbito de projetos-piloto.

O Ministério da Educação e a EDP assinaram esta quarta-feira um protocolo de alargamento do curso vocacional em redes elétricas, que pode vir a dar resposta à necessidade de substituição de 2.000 pessoas na empresa nos próximos cinco anos.

“Para a formação que está aqui em causa a EDP vai precisar nos próximos cinco anos de duas mil pessoas. Há uma renovação geracional e há novas necessidades e para isso é preciso que o mercado tenha capacidade de dar resposta”, disse o presidente do conselho de administração da EDP, António Mexia, aos jornalistas, no final da cerimónia de assinatura do protocolo.

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No próximo ano letivo o curso volta a abrir turmas no próximo ano letivo na escola António Damásio e vai chegar também às escolas secundárias São Pedro, em Vila Real, e Dr. Francisco Fernandes Lopes, em Olhão.

Com estes cursos, os alunos conseguem em dois anos uma qualificação ao nível do ensino secundário, que os habilita a exercer a profissão de técnico de redes elétricas depois de um ano de formação académica e um ano de formação em contexto de trabalho, em estágios assegurados pela EDP.

António Mexia ressalvou que este tipo de ensino torna os jovens “mais empregáveis” e ajuda a fixá-los em regiões 2 onde hoje é muito difícil encontrar pessoas com as competências” que a EDP precisa.

O presidente do conselho de administração da EDP admitiu que o alargamento de um para três cursos a partir do próximo ano letivo poderá, no ano seguinte, ser revisto “desde que haja efetivamente envolvimento”.

“A empresa não pode fazer isto sozinha, precisamos das escolas, dos politécnicos e em muitos casos das câmaras municipais. Se todos os anos multiplicarmos por três isto resolve-se depressa”, disse, sobre a capacidade de estes cursos darem resposta às necessidades de 2.000 novos funcionários nos próximos cinco anos.

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Pelo lado do Ministério da Educação e Ciência, o ministro Nuno Crato sublinhou “o sucesso” do curso que permitiu o seu alargamento e destacou que os jovens que terminarem esta formação “têm muitas vezes emprego garantido”.

Os dados do ministério referem que, entre o ensino básico e o ensino secundário, frequentaram os cursos vocacionais em 2014 mais de 27 mil alunos, segundo apurou a Lusa.

No entanto, dados de maio, também divulgados pela tutela, referiam apenas 24 mil alunos, distribuídos por 1.170 turmas, e o envolvimento de cinco mil empresas, necessárias para o conceito deste tipo de ensino, que implica que uma parte da formação decorra em contexto de trabalho.

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