Estudantes do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) encerraram esta quarta-feira as entradas do estabelecimento, como protesto simbólico contra o aumento das propinas de 505 para 650 euros, noticia a agência Lusa.
Os três portões do ISEC, na zona do Vale das Flores, foram fechados de manhã, o que impede o acesso de viaturas aos espaços da instituição, mas permitindo a livre circulação de pessoas pelas cancelas adjacentes às entradas.
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A iniciativa, promovida pela Associação de Estudantes, visa contestar também contra o novo Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior.
«Não nos foi mostrada qualquer contrapartida relativa à qualidade do ensino e melhoria das instalações que justificasse este aumento», disse Rui fernandes, o presidente da associação, recusando que as receitas das propinas sejam aplicadas no pagamento dos salários aos professores.
Em comunicado, a associação retira a confiança política no conselho directivo que não consegue encontrar soluções equilibradas que permitam a sustentabilidade do ISEC, mantendo o respeito pelas dificuldades financeiras e pelo sucesso escolar dos alunos.
Contactado pela agência Lusa, o presidente do conselho directivo, Jorge Bernardino, desvalorizou o protesto dos estudantes e considerou que, em tempo de exames, o encerramento simbólico dos portões não está a afectar o normal funcionamento da instituição.
O aumento das propinas para 650 euros foi aprovado terça-feira pelo conselho directivo, tendo votado a favor três professores - o presidente e os dois vice-presidentes - e contra os dois eleitos que representam os estudantes e os funcionários.
Por outro lado, um «regulamento para regime de estudantes a tempo parcial», igualmente aprovado, fixa a propina mínima (agora de 523,90 euros) para os trabalhadores-estudantes e para aqueles que já tiverem concluído mais de metade das cadeiras do curso.
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