A ministra da Educação não desiste do modelo de avaliação dos professores e garante e apenas admite negociar com as escolas mas só para tornar o modelo «mais simplex».
Refira-se, depois da manifestação de professores organizada pelos sindicatos, no passado sábado, e que juntou 120 mil professores, movimentos independentes de professores promovem este sábado uma concentração no Marquês de Pombal, em Lisboa.
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Em entrevista ao «Expresso», a governante diz que não há escolas paradas, mas admite: «Tenho muitas a pedir a suspensão, é verdade. Hoje (quinta-feira) chegou a resposta a cada uma individualmente: não autorizamos a suspensão».
Questionada sobre se acredita na concretização desta avaliação, a ministra respondeu: «Sim. A minha convicção baseia-se no facto de haver escolas a fazer de uma forma «simplex». Precisamos de um «simplex» para a avaliação.
Acrescenta ainda que muitas escolas estão a fazer a avaliação, embora recuse dizer quais. Também não revela o castigo para quem desrespeitar a lei. E adianta: «Não me passa pela cabeça que as escolas desobedeçam».
Em entrevista ao «Rádio Clube», a ministra referiu não existirem escolas com o processo de avaliação suspenso, acrescentando que o desrespeito da lei acarretará consequências.
Maria de Lurdes Rodrigues insiste que este é o único modelo de avaliação «porque não existe outro». «Este levou dois anos a ser preparado e outro exigirá mais dois ou três anos para ser preparado».
Sobre os sindicatos, afirma que «agiram com reserva mental» porque não usaram o espaço de diálogo para dizer: «vamos-nos sentar e rever algumas coisas». E sublinha: «Não nos chegou um caso concreto».
Maria de Lurdes Rodrigues referiu ainda, ao «Rádio Clube», não ter gostado de ver alunos a atirar ovos ao seu carro, esta semana, em Fafe. «Não gostei do que vi, ninguém gosta», disse.
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