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Professores independentes não desistem de manif

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APEDE e MUP unem esforços para uma acção de protesto em Lisboa este sábado

Sete dias depois da maior manifestação de sempre, os docentes regressam este sábado às ruas de Lisboa. Os motivos da contestação são praticamente os mesmos, mas a diferença está na origem do protesto, convocado por movimentos independentes de professores, noticia a agência Lusa.

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«Esta manifestação é essencialmente para protestar contra as políticas educativas do Ministério da Educação, que têm sido todas orientadas para a degradação da qualidade de ensino e das condições sócio-profissionais dos professores», afirmou Mário Machaqueiro, da Associação de Professores em Defesa do Ensino (APEDE).

O protesto foi convocado pela APEDE e pelo Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP), que entendem que a luta dos docentes «não se esgotou» no último sábado, quando cerca de 120 mil professores, segundo os sindicatos, se manifestaram contra o processo de avaliação de desempenho, agendando ainda uma greve para 19 de Janeiro.

«O importante é que haja professores que representem todo o país e que estejam dispostos a reforçar a luta que começamos sábado e que certamente vai continuar. Apelamos também à participação dos pais, porque a degradação da escola pública interessa a toda a sociedade», acrescentou Ilídio Trindade, do MUP.

Para Mário Machaqueiro, o protesto justifica-se ainda mais depois das palavras «insultuosas» da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues. «Quando sugeriu que a manifestação de sábado era uma forma de chantagem foi francamente infeliz», disse o dirigente da APEDE.

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Professores: sábado há nova manif

Os dois movimentos de professores, que convocaram este protesto antes de os sindicatos agendarem a manifestação do último sábado, exigem que a plataforma sindical denuncie «de forma clara, inequívoca e pública» o memorando de entendimento assinado em Abril com o Governo.

«É necessário que os sindicatos digam de forma clara que esse memorando já não faz sentido. Se a linha de orientação dos professores é a recusa do modelo de avaliação, faz todo o sentido que os sindicatos rompam claramente com o memorando», afirmou Mário Machaqueiro.

No entanto, estes dois movimentos independentes recusam que estejam a fazer «oposição» aos sindicatos, lembrando que apelaram à participação dos professores na manifestação de dia 8: «Acreditamos que há espaço para os professores se voltarem a manifestar, desta vez à margem das organizações sindicais».

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O protesto de sábado está agendado para as 14h no Marquês de Pombal, seguindo depois até à Assembleia da República, onde decorrerá um plenário para expor os motivos da luta e «eventualmente» anunciar futuras iniciativas, até porque «este combate não se pode confinar a manifestações de rua». O PSD vai receber uma delegação dos professores desta manifestação às 16h30, estando destacado o vice-presidente do grupo parlamentar José Eduardo Martins.

APEDE e MUP preferem não avançar com previsões em relação ao número de professores que irão aderir ao protesto dada «a limitação dos meios logísticos». Segundo Ilídio Trindade, são os próprios professores que se estão a organizar.

«Mas muitos sinais chegam-nos todos os dias no sentido de que os professores da Grande Lisboa, margem Sul, de Leiria e alguns do Norte do país estão determinados em regressar às ruas de Lisboa», acrescentou Mário Machaqueiro.

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