A partir do próximo ano lectivo os professores de música e dança vão ter oportunidade de aceder à carreira docente como os professores das outras áreas, o que não acontecia até agora, anunciou esta quarta-feira o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, noticia a agência Lusa.
«A partir do próximo ano lectivo os professores de música e dança vão ter oportunidade de acesso à carreira docente como os outros professores de outras áreas», anunciou Valter Lemos na comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura, referindo que «o diploma já foi aprovado pelo Ministério da Educação».
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Actualmente cada escola é responsável por recrutar estes professores, por exemplo, através de anúncios.
Fonte do ministério contactado pela Lusa remeteu para mais tarde mais informações sobre este assunto.
Regime integrado para o ensino artístico
Valter Lemos acompanhou a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que foi esta quarta-feira ouvida na Comissão de Ética, Sociedade e Cultura, na Assembleia da República, sobre a reforma do ensino artístico especializado.
Perante os deputados, Maria de Lurdes Rodrigues voltou a defender o regime integrado para o ensino artístico, em que «os alunos estão na escola o dia inteiro para fazer a sua formação e não têm de andar com os instrumentos de um lado para o outro», considerando que «o regime supletivo é muito procurado apenas porque as famílias não têm outra alternativa, infelizmente».
«Este sistema [supletivo] faz com que a criança só inicie este ensino [artístico] se a família tiver disponibilidade, o que levou à carência de professores e formação nesta área», disse Maria de Lurdes Rodrigues, salientando que o ministério pediu às escolas um reforço dos cursos de iniciação nestas áreas.
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Prioridade para alunos mais jovens
Perante críticas de que com esta reforma o ministério da Educação (ME) está a impedir que adultos frequentem o ensino artístico de forma gratuita, Maria de Lurdes Rodrigues disse que «não é a primeira prioridade do Ministério da Educação» a reconversão profissional de «qualquer adulto».
«A primeira prioridade são os jovens em idade escolar. Quando os recursos são limitados e temos de fazer escolhas e quando temos 10 alunos de 15 anos e 10 alunos de 50 anos, não tenho dúvidas de que a responsabilidade do ME é com os alunos mais jovens», considerou.
A ministra salientou que o ME vai prosseguir com os objectivos de «alargar as oportunidades de acesso ao ensino artístico, melhorar as condições das nossas escolas públicas e melhorar a formação de professores» nesta área.
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