Cerca de 1500 professores concentraram-se esta segunda-feira em Leiria, para protestar contra a política do Governo e em particular contra a tentativa de impor a avaliação dos docentes ainda neste ano lectivo. Em Évora, os protestos dos professores juntaram perto de duas mil pessoas, noticia a agência Lusa.
Presente no protesto promovido pela Fenprof em Leiria, o secretário-geral daquela entidade, Mário Nogueira, reafirmou que no seu entender «o processo de avaliação está todo suspenso» por decisão judicial.
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Assim, considerou, as escolas não podem avançar com observações de aulas para avaliar os docentes.
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O sindicato promete por isso mesmo mover acções judiciais contra as escolas que promovam observações de aulas ou distribuam fichas de avaliação de docentes, salientou o dirigente sindical.
Os serviços jurídicos da FENPROF, revelou Mário Nogueira, estão a preparar «uma queixa contra uma escola (da zona de Lisboa) que tinha os seus cronogramas aprovados e não o podia fazer».
Para Mário Nogueira, as cinco providências cautelares interpostas em quatro tribunais portugueses suspendem o processo de avaliação pelo que só depois de existir uma decisão judicial final é que o processo estará desbloqueado.
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Por seu lado, o Ministério da Educação considera que a aceitação das providências cautelares pelos tribunais não suspende a avaliação de docentes.
«Eles [o ministério] sabem que estão a induzir as escolas numa situação que não é regular», acrescentou Mário Nogueira.
FENPROF pede audição junto do primeiro-ministro
Em paralelo, o sindicato pediu hoje uma audiência junto do primeiro-ministro na sequência do apelo do Presidente da República para o consenso do sector.
«Qualquer via de diálogo com o Ministério da Educação está esgotada» pelo que o «desbloqueamento desta situação» deve passar pelo primeiro-ministro que «tem de assumir as suas responsabilidades políticas», defendeu o secretário-geral da FENPROF.
Manifestação nacional marcada para 8 de Março
Sobre a manifestação nacional, agendada para 8 de Março, Mário Nogueira antecipou que «os professores vão inundar Lisboa», naquela que será a maior manifestação de sempre em Portugal do sector.
Ao protesto de 8 de Março deverão juntar-se representantes de associações de pais solidárias com o movimento sindical, prometeu Mário Nogueira, rejeitando as acusações da ministra de que os sindicatos estão a orquestrar os docentes.
O dirigente contabilizou em mais de trinta mil o número de professores que se têm manifestado nas ruas na última semana contra a política de Educação do Governo.
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