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Menino azul: leitores dão 600 euros

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Mãe agradeceu solidariedade depois de notícia do PDiário

No dia 3 de Julho, o PortugalDiário publicou uma notícia sobre Emanuel Silva, a criança de onze anos que ficou conhecida nas reportagens da rádio, dos jornais e da televisão como «menino azul», devido ao seu estado de saúde. No final dessa peça, foi divulgado o NIB de uma conta de solidariedade. Seis dias depois, a mãe enviou ao PortugalDiário uma cópia de um extracto bancário com uma inscrição manuscrita: «600 euros». A quantia vai permitir custear os tratamentos do seu filho durante mais um mês, garantiu.

«Com ajuda dos leitores da notícia do PortugalDiário, o Emanuel recebeu um mês de tratamento. Não tenho forma de expressar o meu agradecimento», disse Helena Silva, ao telefone, referindo que a notícia também levou a que lhe fosse oferecido um espaço numa feira em Alijó, onde poderá vender os quadros que pinta e que são uma forma de complementar o dinheiro que recebe da segurança social.

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«Só sei pintar com as mãos»

«O senhor governador civil de Vila Real e o senhor presidente da Câmara de Alijó entraram em contacto comigo e ofereceram-me um stand para ir lá», explicou, contando que os 460 euros do rendimento mínimo (350) e do abono de Emanuel (110) se dissolvem entre a renda mensal de 300 euros e as despesas com água, luz, telefone e comida.

Além deste valor, Helena Silva, que vive sozinha em Famalicão com o filho, explicou que tem que angariar mais 600 euros mensalmente, para os tratamentos do filho, que sofre do Síndrome de Alagille e Tetratologia de Fallot - doenças hepáticas que lhe provocavam hematomas e borbulhas na pele dando-lhe um tom azulado. Na lista de depósitos feitos pelos leitores, que permitiram alcançar este valor, os donativos oscilam entre os 15 cêntimos e os 100 euros. «Agradeço a todos», realçou a mãe de Emanuel.

A ida a Alijó poderá alargar ainda mais o espaço de manobra financeira. «Se correr bem poderei assegurar o pagamento dos tratamentos até Dezembro». O preço dos quadros varia entre os «20 e os 100 euros», de acordo com tamanho». «Só sei pintar com as mãos», disse, assegurando que não pode ficar com elas «atadas» sem tentar que o seu filho continue a «resistir».

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«Direitos iguais»

Helena Silva explicou ainda que pretende ver consagrado por lei o direito à comparticipação a 100 por cento da medicação e tratamentos de doentes crónicos, assim como «mais apoio económico para crianças com doenças raras». Esta reivindicação já foi objecto de um abaixo-assinado, no ano passado. «No Porto, fui ao mercado do Bulhão. Em Lisboa, pedi aos taxistas do aeroporto para me ajudarem a recolher as assinaturas», contou.

Disse que vai continuar a tentar resolver o seu problema, mas que quer direitos para todos. «O caso do meu filho é único no mundo, mas nunca sabemos se amanhã não haverá outro Emanuel. Por muito que eu sofra com a dor dele, os direitos têm de ser iguais».

O NIB para os donativos de ajuda ao «menino azul» é: 003500990004146020074.

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