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INEM: «Inventam feridos e dizem como estão»

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Adultos são os principais responsáveis pelas milhares de chamadas falsas

Uma brincadeira que sai muito cara e pode mesmo custar vidas. Em 2006, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) recebeu mais de 24 mil chamadas falsas e enviou quase nove mil ambulâncias desnecessariamente.

E se, à partida, pode parecer que são as crianças os principais responsáveis por estas «brincadeiras de mau gosto», o porta-voz do INEM, Pedro Coelho dos Santos, garantiu ao PortugalDiário que «são os adultos que fazem a mais fazem chamadas falsas». Apesar de os profissionais do serviço terem técnicas para detectar quais são as verdadeiras emergências, «há casos em que as pessoas descrevem um cenário de tal forma credível, que não conseguimos perceber que é falso. Dizem que há feridos e como estão», adianta Pedro Coelho dos Santos. Só ao chegar ao local é que os profissionais se apercebem que não há nenhuma emergência.

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E porque, mesmo em caso de dúvida, o INEM age como se fosse uma emergência, são accionados meios que muitas vezes são necessários para quem realmente necessita. Gasta-se tempo e dinheiro a chamar os meios que estão mais longe para socorrer as vítimas reais, contou o porta-voz do INEM.

«Além de porem em risco a vida de pessoas que necessitam mesmo desses meios, estão a arriscar a vida dos profissionais do INEM, que tentam chegar ao local o mais rapidamente possível», adianta.

E quem faz as chamadas falsas, fica impune? O porta-voz do INEM admite que punir estas pessoas é complicado. «Podíamos apresentar queixa, mas, olhando para o número de casos, era preciso termos uma dependência da PSP nas nossas instalações».

Assim, para acabar com este «flagelo», o INEM aposta na sensibilização. «E se precisasse de uma ambulância e esta estivesse ocupada numa chamada falsa?» é a frase que dá o mote à campanha que vai ser emitida na televisão, rádio e cinemas a partir desta segunda-feira.

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