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Portugueses acusam hospital de matar filho

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Austrália: Família diz que médica injectou um líquido que o matou

A família de um português que morreu hoje na Austrália acusa a médica que o assistiu de o ter morto e vai processá-la, disse hoje à agência Lusa o pai da vítima.

«Ela matou o meu filho. Deu-lhe uma injecção e pouco tempo depois ele morreu. Nunca pensei que, num país como este, isto pudesse acontecer», disse à Lusa Fernando Melo, pai do português que morreu.

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O caso remonta ao dia 05 de Dezembro, quando Paulo Melo, 29 anos e residente em Lisboa, que se encontrava em Darwin, na Austrália, para passar o Natal e o Ano Novo com os pais, sofreu um «grave acidente de viação».

Com lesões no cérebro e na coluna, Paulo Melo estava dependente de máquinas de suporte de vida, mas os médicos disseram recentemente à família que iriam desligá-las porque, mesmo que Paulo recuperasse, nunca iria ter qualidade de vida.

«Disseram que ele ficaria como um vegetal se sobrevivesse, mas nós não queríamos que desligassem as máquinas. Ao menos que nos deixassem passar o Natal e o Ano Novo», desabafou Fernando Melo.

Face a esta posição da família, o caso seguiu para tribunal, tendo o juiz determinado que as máquinas fossem desligadas, o que foi cumprido na tarde de quarta-feira.

«(Mesmo sem máquinas) Ele continuou a respirar até hoje de manhã, quando a médica-chefe lhe ministrou um líquido no soro. Pouco tempo depois, ele morria. Ela matou-o», garantiu o pai.

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Fernando Melo indicou ainda que, segundo lhe disseram no hospital, o líquido ministrado era morfina.

O pai de Paulo Melo disse que vai processar a médica e que gostaria de fazer uma autópsia independente porque, no hospital, «eles não vão dizer o que aconteceu».

Fernando Melo garante ainda que o filho, que se encontrava em coma, chegou a abrir os olhos e a reagir a alguns pedidos do pai.

«Disse-lhe para ele olhar para a mãe, que estava do outro lado da cama e ele olhou. Tenho fotografias a comprovar que ele abriu os olhos, que já passaram na televisão australiana», garantiu.

Em declarações à Lusa, uma amiga da família disse que Paulo Melo, depois de desligado das máquinas, «estava a respirar muito bem, o que deixou todos muito optimistas».

«Eu estava no quarto com a mãe dele. A médica deu-lhe qualquer coisa no soro e matou-o em meia hora. A pulsação subiu para os 113 e depois começou a descer até ao zero», afirmou.

«Isto foi eutanásia e isso não é permitido na Austrália», disse a amiga da família, acrescentando que a ordem do tribunal referia-se apenas à questão das máquinas de suporte de vida, mais nada.

A Agência Lusa tentou contactar o Royal Darwin Hospital, onde Paulo Melo foi assistido, para obter uma reacção mas, devido à diferença horária (mais 09:30 do que em Lisboa), não foi possível.

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