Os farmacêuticos devem ser livres de recusar a venda de medicamentos que provoquem o aborto ou eutanásia, defendeu esta segunda-feira o Papa Bento XVI, apelando aos profissionais da área para que sejam «críticos conscientes» dessas práticas, noticia a «Reuters».
Durante a convenção de farmacêuticos católicos, o sumo pontífice lembrou que também é tarefa destes profissionais a defesa da vida humana desde a concepção até à morte natural, realçando, que aborto e eutanásia constituem pecados contra a vida.
PUB
«É impossível anestesiar a consciência quando, por exemplo, nos referimos a substâncias cuja finalidade é impedir o embrião de se instalar ou de abreviar a vida de alguém», disse Bento XVI.
A chamada pílula abortiva, que pode ser adquirida em muitos países da União Europeia (UE), incluindo em Portugal, e que conta com a aprovação dos EUA desde 2000, não foi totalmente autorizada em Itália.
O Vaticano critica os esforços de alguns políticos italianos favoráveis à pílula que impede a acção da progesterona, necessária ao avanço da gestação.
«Convido a federação dos senhores a considerar a objecção consciente, um direito que precisa de ser reconhecido para que não tenham de colaborar, directa ou indirectamente, com o fornecimento de produtos que visam objectivos claramente imorais, como por exemplo o aborto e a eutanásia», rematou.
PUB