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Casa Pia: PSP intercepta grupo de 30 após morte de jovem

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Em comunicado, a PSP adianta que apreendeu «a arma branca supostamente foi utilizada na agressão»

Actualizado às 19h28

A PSP «interceptou», esta sexta-feira, cerca de 30 indivíduos na sequência dos actos de violência que levaram à morte de um jovem de 19 anos esfaqueado no tórax no Colégio Pina Manique, da Casa Pia de Lisboa.

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Em comunicado, o Comando Metropolitano da PSP de Lisboa refere que os cerca de 30 indivíduos foram interceptados para se «averiguar o seu envolvimento na agressão ou para aferir eventuais rivalidades entre grupos que poderão estar na origem da mesma, na sequência da colaboração prestada por várias testemunhas e tendo em consideração os vestígios encontrados no local».

Jovem da Casa Pia morre esfaqueado

A Polícia de Segurança Pública (PSP) apreendeu «a arma branca supostamente utilizada na agressão» do jovem de 19 anos.

Segundo o mesmo comunicado da PSP, as circunstâncias da ocorrência estão neste momento a ser investigadas pela Polícia Judiciária.

O jovem agredido foi assistido no local pelo INEM e transportado para o Hospital São Francisco Xavier, onde veio a falecer.

De acordo com a PSP, pelas 13:15, um grupo de cerca de 15 a 20 indivíduos entrou pelo portão principal do Colégio Pina Manique, «em desrespeito às ordens dos elementos da segurança privada que ali se encontravam».

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Depois, «dirigiram-se a um pátio interior», onde se encontrava o jovem, aluno da instituição, que foi violentamente agredido.

Casa Pia chocada

A Casa Pia de Lisboa manifestou-se, entretanto, chocada com os acontecimentos ocorridos no Colégio Pina Manique.

Em comunicado, a instituição refere que às 13:00, desta sexta-feira, um grupo de 40 indivíduos invadiu as instalações do Colégio Pina Manique, em Belém, entrando pelo portão principal.

Os seguranças privados da instituição, refere a nota do gabinete de imprensa da Casa Pia, não conseguiram impedir a entrada dos indivíduos em causa devido ao seu elevado número, pelo que foram chamadas as autoridades para prevenir eventuais danos.

«Tendo consciência da gravidade da situação em causa, e como forma de prevenir eventuais danos maiores que se avizinhavam atenta a conduta agressiva dos invasores, alertou-se de imediato as autoridades policiais competentes», refere a nota.

Contudo, adianta, «infelizmente, as providências tomadas não se mostraram suficientes para impedir a morte trágica do jovem que foi agredido mortalmente, e era aluno do CED (Centro de Educação e Desenvolvimento) de Pina Manique».

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A Casa Pia de Lisboa manifesta-se ainda chocada «com este horrível acontecimento», prestando «as suas sentidas condolências à família do jovem que perdeu a vida no dia de hoje e que revelou sempre uma conduta exemplar com toda a comunidade educativa».

A direcção da instituição afirma ainda que está empenhada em esclarecer cabalmente os factos ocorridos.

A Casa Pia tem três mil crianças e jovens a frequentar os seus colégios e 1.300 funcionários, dos quais 600 são professores.

«Confrontos frequentes»

Alguns comerciantes que trabalham em frente à Casa Pia garantiram à Lusa que são «frequentes» confrontos na zona.

De acordo com comerciantes os primeiros desacatos desta sexta-feira terão ocorrido cerca das 08:00 quando um grupo de jovens ter-se-à envolvido numa rixa.

«Um grupo de miúdos começou a gritar e a empurrar-se e montaram ali uma zaragata», relatou um dos lojistas, que apontou para a eventual existência de dois grupos rivais que já há muito se têm envolvido «em confusões».

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«Isto é todos os dias. Vivo aqui desde 1998 e isto tem vindo a piorar ano após ano», lamentou.

Lojas fechadas

Outro comerciante contou que, após o homicídio do jovem de 19 anos, a Polícia vedou a zona e mandou encerrar os estabelecimentos comerciais.

«Entraram por aqui dentro a fazerem perguntas e mandaram-nos fechar», referiu.

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