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ETA: detidos na Unidade Nacional Contra-Terrorismo da PJ

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Dois espanhóis deverão ir a tribunal segunda-feira

Os dois espanhóis detidos em Moncorvo suspeitos de pertencerem à ETA foram transportados este domingo pela Polícia Judiciária para a Unidade Nacional Contra-Terrorismo, em Lisboa, e deverão ser presentes segunda-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal, noticia a agência Lusa.

Segundo fonte judicial, os dois homens foram transportados de Moncorvo por elementos da Polícia Judiciária e serão ouvidos pelas autoridades portuguesas sobre crimes de que são suspeitos antes de ter início qualquer processo de extradição para Espanha.

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Sobre os dois presumíveis «etarras» - Garikoitz García Arrieta e Iratxe Yáñez Ortiz de Barron - pendem suspeitas de desobediência às autoridades portuguesas, furto de veículo e posse de armas, acrescentou outra fonte.

Carrinha com explosivos

Em comunicado, o Ministério do Interior espanhol explicou que esta operação teve início na noite de sábado, quando as autoridades espanholas detiveram uma carrinha com explosivos junto à fronteira com Portugal.

O governo afirma que a carrinha - conduzida por Garcia Arrieta, carregada com explosivos e que levantara suspeitas por ter matrícula francesa - foi interceptada em Bermillo de Sayago (Zamora), num ponto de controlo da Guarda Civil.

Enquanto os agentes inspeccionavam a carrinha, o condutor entrou no carro de patrulha policial e fugiu em direcção a Portugal, onde só então foi detido pelas autoridades portuguesas que interceptaram também um outro veículo, localizado pela GNR no município de Vila Nova de Foz Côa.

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Neste automóvel, que tinha matrícula francesa e vária documentação falsa (passaportes e bilhetes de identidade), seguia Iratxe Yáñez Ortiz de Barron, com antecedentes por ter reunido informações sobre eventuais alvos políticos, militares ou policiais da ETA.

Na carrinha interceptada em Espanha foram encontrados cerca de 10 quilos de explosivos, bidões e material para fabrico de engenhos explosivos, três armas de vários calibres, documentação variada e matrículas francesas.

Pedido de extradição

Hoje, em conferência de imprensa, o ministro do Interior espanhol, Afredo Pérez Rubalcaba, revelou que pediu directamente ao primeiro-ministro português a extradição «o mais rápido possível» dos dois alegados membros da ETA detidos em Portugal, uma situação que não poderá ser imediata já que os detidos são suspeitos de crimes em território nacional.

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No entanto, fonte do Ministério da Administração Interna negou também que o primeiro-ministro português tenha sido contactado directamente pelo Governo espanhol sobre o caso que está a ser seguido directamente pelo ministro Rui Pereira.

De visita ao distrito de Leiria, José Sócrates também afirmou que as únicas informações que sabe sobre o caso foram-lhe dadas apenas por Rui Pereira e não pelo ministro espanhol.

«O ministro da Administração Interna comunicou-me que houve uma cooperação entre a Guardia Civil e a GNR numa operação de combate ao terrorismo que foi bem sucedida. É tudo quanto sei», limitou-se a dizer José Sócrates.

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