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«Gonçalo Amaral está a ser enxovalhado»

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Moita Flores diz que julgamento «é um atentado à liberdade»

O ex-inspector da PJ Moita Flores afirmou esta quarta-feira que o julgamento do livro de Gonçalo Amaral «Maddie: A Verdade da Mentira», em que se reproduz a tese de envolvimento do casal McCann na morte da filha, «é um atentado à liberdade».

Moita Flores, ouvido em vídeo-conferência como testemunha da defesa de Gonçalo Amaral, observou que a teoria da morte da criança consta da investigação policial e refutou a argumentação do casal McCann de que a difusão da tese prejudica a investigação sobre o paradeiro da criança.

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Testemunhas acreditam que Maddie morreu no apartamento

Sublinhando que «os direitos constitucionais não podem ser atacados», o ex-agente da Polícia Judiciária (PJ) considerou «patética a ideia de que espalhar a tese» possa afectar o apuramento de factos e manifestou indignação «como cidadão pela tentativa de restringir a liberdade de expressão».

«Esta situação é aberrante e Gonçalo Amaral está a ser enxovalhado. Porque não se pode escrever sobre um caso que está encerrado? Há imensos casos assim, como o Ballet Rose ou o homícidio de John Kennedy, e já se escreveu muito», referiu o presidente da Câmara de Santarém.

Moita Flores acentuou que «ninguém pode ser impedido de pensar, independentemente de haver determinação judicial para arquivamento de um caso».

Acrescentou que um despacho de arquivamento «é um juízo de valor que um procurador faz sobre um determinado caso» e, em referência a esta decisão relativa aos arguidos Kate e Gerry McCann, produzida em meados de 2008, salientou que «outros dois magistrados poderiam ter chegado a duas conclusões diferentes».

Inquirido por Isabel Duarte, advogada do casal McCann, presente no julgamento, Moita Flores negou também que o livro de Gonçalo Amaral, cuja proibição de venda foi decretada provisoriamente a 09 de Setembro de 2009, afecte «o bom nome e a dignidade» da família inglesa.

«O livro é uma tese. A verdade absoluta não é de ninguém», disse Moita Flores, a única testemunha ouvida na parte da manhã na segunda sessão de julgamento, a decorrer no Palácio da Justiça, em Lisboa, em que a família McCann reclama na acção principal a protecção de direitos, liberdades e garantias.

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