Mais de 80 professores dos politécnicos estão concentrados frente à Presidência da República, em Lisboa, para sensibilizar o Chefe de Estado para a «injustiça» do novo Estatuto da Carreira Docente do ensino superior politécnico.
Os docentes e representantes de vários politécnicos presentes na iniciativa querem que o Presidente da República, Cavaco Silva, não promulgue os diplomas relativos ao novo Estatuto da Carreira Docente do ensino superior politécnico.
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A vigília, que começou às 19:00 e terminará às 00:00 de hoje, foi convocada pelo Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNEsup), que decidiu assim avançar com novas formas de protesto depois de na semana passada ter decidido manter a greve aos exames até final de Julho.
O sindicato está contra o regime de transição de carreiras imposto para o subsistema politécnico, que não acautela totalmente a situação de milhares de professores, que estão há anos em situação precária, em dedicação exclusiva e em tempo integral, com contratos precários renováveis, em muitos casos de dois em dois anos.
«Estes docentes estão cá em representação de quatro mil que estão num processo complicado associado à transição do Estatuto da Carreira Docente do ensino superior politécnico», explicou à Agência Lusa o presidente do SNEsup, Gonçalo Xufre, que disse esperar que a vigília venha a ter a participação de mais de 100 pessoas.
Segundo o dirigente sindical, esta acção de protesto visa denunciar «o processo injusto que a tutela quer impor à força» e sensibilizar o Presidente Cavaco Silva para esta «injustiça», para que não promulgue nestas condições os diplomas governamentais em causa.
«Pedimos ao Presidente da República que use a sua influência para mudar aquilo que nós entendemos que é fácil e corrigível, e que tem a ver com a transição dos docentes. Queremos que essa transição seja feita de forma clara, simples, transparente e justa», frisou.
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