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Porque há acidentes em Lisboa?

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Capital é o município com mais acidentes, mas não é o que regista mais vítimas mortais

A maioria dos concelhos do distrito de Lisboa identificaram já por georeferenciação os acidentes rodoviários que ocorrerem em 2007, dados postos à disposição das autoridades gestores de estradas, afirmou este sábado a Governadora Civil de Lisboa, Dalila Araújo, escreve a Lusa.

Causas, número de vítimas, condições meteorológicas e pormenores técnicos sobre as vias são alguns dos dados constantes das fichas de identificação dos sinistros, que existem para nove dos 16 concelhos de Lisboa.

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Acidentes fazem três mortos e dois feridos graves

Menos 12 por cento de mortos na estrada

O número de acidentes no distrito tem vindo a diminuir, registando-se no primeiro semestre de 2008 um total de 3.186 acidentes com vítimas, menos 149 do que no mesmo período do ano passado.

Para que a tendência se mantenha, o Governo Civil lançou hoje a segunda fase do programa de prevenção rodoviária «Verdade ou Consequência - Não jogue com a sua vida», com a exposição de trinta viaturas acidentadas nas ruas de Cascais, Oeiras, Loures, Mafra e Lisboa e simulacros de desencarceramento.

Na véspera do Dia Mundial em Memória da Vítimas de Acidentes Rodoviários, Dalila Araújo afirmou que as iniciativas vão decorrer ao longo de quinze dias, incluindo acções em escolas e outros locais definidos pelos municípios, bem como a distribuição de folhetos sobre as consequências da condução sob o efeito de álcool, o excesso de velocidade e a falta de utilização do cinto de segurança.

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Durante a cerimónia de apresentação da nova etapa, em Oeiras, a responsável adiantou que a primeira fase, iniciada em Agosto, teve «um grande sucesso», apesar de os resultados poderem ser mais visíveis a médio ou longo prazo.

«As estatísticas não são alheias a estas campanhas», afirmou Dalila Araújo, lembrando que os custos deste plano «não são significativos», já que as placas com histórias ficcionadas que acompanham os carros, por exemplo, pertencem à Câmara de Lisboa.

77 vítimas mortais

Segundo dados da Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária (ANSR), os acidentes rodoviários no distrito de Lisboa motivaram 77 vítimas mortais e 316 feridos graves entre 1 de Janeiro de 31 de Outubro - menos quatro e 97, respectivamente, do que no período homólogo de 2007.

Lisboa, que ainda não tem um plano de georefenciação, é o município onde ocorrem mais acidentes, apesar de não ser aquele que regista mais mortos.

Guerra nas vias portuguesas

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Também o secretário de Estado da Protecção Civil, José Miguel Medeiros, afirmou em Oeiras que «o Governo e as variadas instituições» continuam a trabalhar para a redução do número de mortos nas estradas - que ascendem a 850 por ano, contra os 2.500 de há vinte anos - apesar de ainda haver «uma guerra» nas vias portuguesas.

«O que tem mudado menos é o condutor, continuam a ver-se muitas manobras perigosas e uma atitude imprudente de quem não sabe o que tem nas mãos», lembrando que a carta de condução é «um voto de confiança» dada pela sociedade.

José Miguel Medeiros adiantou que o Conselho de Ministros aprovará dentro de duas semanas a Estratégia Nacional para a Segurança Rodoviária, que será posta a discussão pública, com uma página na Internet para «recolher contributos».

O documento, trabalhado por quase duas dezenas de grupos de trabalho, visa sobretudo reduzir o número anual de mortes na estrada para 600, até 2015.

«O ideal deveria ser "mortes zero", mas com cinco milhões de veículos a circular hoje nas estradas, isso torna-se impossível», concluiu.

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