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Maria de Lurdes Rodrigues considera que as políticas educativas do Governo são marcadas por uma cultura de “facilitismo” e pela “apologia do deixar para trás”. A antiga ministra da Educação do Governo de José Sócrates acusou o Executivo de promover “mecanismos de limpeza dos alunos que não apresentam bons resultados”.
TVI24“Facilitismo não é tentar ensinar as crianças, a grande dificuldade está em fazê-las aprender e a situação mais fácil é deixar a criança para trás. O que assistimos com este Governo foi a apologia do deixar para trás.”
As elevadas taxas de retenção escolar foram duramente criticadas por Maria de Lurdes Rodrigues. A ex-ministra foi mais longe, afirmando que foram implementados "mecanismos de limpeza" dos alunos nas escolas.
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“Parece que aquilo que é valorizado é o exame e o castigo associado ao exame, sem nenhuma função pedagógica e isso é que favorece o facilitismo de chumbar as crianças. [...] Não há maior exigência, o que há é mecanismos de limpeza dos alunos que não apresentam resultados das escolas e isso é que é bastante grave.”
“São mecanismos de seleção para identificar as pessoas que têm dificuldade em aprender não para as fazer aprender mas para as fazer sair das escolas encaminhando-as para percursos que não as permitirão ter um percurso normal de acesso a universidade, de acesso a uma profissão nas condições regulares que se oferecem as outras crianças.”
“Temos que ensinar as nossas crianças a viver em stress porque a vida é feita de stresses. Banir o stress não é boa pedagogia. [...] Toda a vida social baseia-se na avaliação e naturalmente que isso tem momentos de tensão e de exigência. Portanto temos que preparar os alunos para esta cultura de exigência e de rigor. Temos de ensinar as nossas crianças a viver e a superar estes momentos de tensão.”
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"responsabilização das famílias"“Os efeitos dos exames sobre a retenção são efeitos residuais. Só entre 1% a 2% dos alunos que vão com nota positiva a exames é que vêm de lá chumbados.”
“o estado assumiu em esforço o encargo da educação.”“O grande desafio do ensino é envolver a sociedade, envolver as famílias, responsabilizar as famílias, dar protagonismo à iniciativa privada que tem tido bons resultados. O Estado não deve encarar essa procura como algo negativo, mas encorajar e apoiar porque o Estado não pode fazer tudo.”
Por sua vez, David Justino entende que o grande desafio do ensino passa por resolver o problema do insucesso escolar que é muito elevado.
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