O porta-voz dos moradores do prédio onde se deu a explosão em Setúbal, Luís Caturra, afirmou hoje esperar que a investigação decorra com total transparência, solicitando uma segunda peritagem do LNEC no edifício.
«Sabendo que decorria uma avaliação para a modificação do gás no prédio não nos agrada o segredo de justiça, mas compreendemos a situação, queremos é uma total transparência», disse Luís Caturra.
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O porta-voz solicitou ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil uma peritagem mais completa em relação ao estado do prédio atingido pela explosão. «Os próximos dias vão ser vividos com uma grande ansiedade, existindo também uma incógnita quanto à real sustentabilidade do prédio, por isso solicitamos uma segunda peritagem mais completa do LNEC», afirmou à Lusa o representante dos moradores.
Luís Caturra, que agradeceu o envolvimento de todas as entidades e do Governo na situação, confessou que existiram avisos no edifício sobre os ensaios para receber gás natural.
«Na segunda-feira estava um aviso na entrada anunciando que empresas iriam fazer ensaios na coluna do prédio para a mudança de gás propano para gás natural. Coincidência estranha entre uma abordagem sobre a possibilidade de mudança do tipo do gás e 72 horas depois acontece um enlace como este», afirmou.
«Não temos conhecimento do que se fez no prédio (ensaios da empresa do gás) mas os funcionários fizeram uma abordagem agressiva para assinarmos os contratos de gás natural, o que não nos agradou», disse, adiantando que no momento da explosão estariam no prédio funcionários da empresa de gás.
A governadora civil de Setúbal, Eurídice Pereira, confirmou que os moradores poderão ter acesso ao prédio atingido pela explosão de quinta-feira se assinarem um termo de responsabilidade, ficando o imóvel interdito caso as condições climatéricas se agravem.
A governadora lembrou que o distrito de Setúbal está em alerta amarelo e garantiu que a confirmar-se o mau estado do tempo, o acesso não será permitido.
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