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«Sol» revela plano para lançar grupo de media «favorável» ao Governo

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A edição do semanário «Sol» que chegou às bancas esta sexta-feira revela novos dados sobre as escutas do caso «Face Oculta». De acordo com o jornal, a alegada tentativa de controlo dos media não se ficaria apenas pela compra de 30 por cento da TVI. O objectivo seria também a aquisição de um grande grupo de comunicação, em que a PT seria usada.

De acordo com o «Sol», na mira da PT estariam três grupos. «Numa primeira fase seria a Cofina (dona do Correio da Manhã) ou a Impresa, de Pinto Balsemão, e no fim surgiu a hipótese do grupo Controlinveste (DN/JN/TSF), de Joaquim Oliveira», escreve o semanário.

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A Ongoing, refere a publicação, «nesta conjugação de interesses entre poder político e económico, surge, como ponta-de-lança, apoiada pela PT».

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A análise das escutas e destes negócios levou, segundo o «Sol», os magistrados do processo Face Oculta a considerar a existência de «indícios muito fortes» de que estava «directamente envolvido o Governo, nomeadamente o primeiro-ministro».

«Poderiam resultar prejuízos económicos para a PT que previsivelmente seriam ¿pagos¿ com favores do Estado ou no mínimo colocariam decisores políticos na dependência de decisores económicos»», cita desta forma o «Sol» o despacho de 23 de Junho do procurador João Marques Vidal, na fundamentação das primeiras certidões extraídas do processo «Face Oculta».

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A publicação salienta que o magistrado defendeu a abertura de um inquérito autónomo, pela Procuradoria Geral da República (PGR), por estar «directamente envolvido o Governo» em situações que configuravam um crime de «atentado contra o Estado de Direito».

Recorde-se que na sua anterior edição, o «Sol» já havia transcrito alguns excertos do despacho do juiz de Aveiro responsável pelo caso Face Oculta, António Gomes, que extraiu certidões para a instauração de um inquérito-crime autónomo por parte da PGR, o que não chegou a acontecer.

Neles era dado conta de «indícios muito fortes da existência de um plano» em que estaria envolvido o primeiro-ministro, cujo objectivo era controlar a TVI.

Nessa edição, tal como na desta semana, o «Sol» publicou transcrições de escutas telefónicas que foram enviadas em dezenas de CD com as certidões. Entre os envolvidos nestas escutas encontram-se Armando Vara e Paulo Penedos, ambos arguidos no processo Face Oculta.

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