ACTUALIZADA ÀS 17h49
O caso do homem de Famalicão acusado de forçar a mulher a participar em orgias sexuais, sob ameaça de arma de fogo, vai a julgamento, anunciou o tribunal daquela comarca, citado pela Lusa.
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O arguido responderá por um crime de violência doméstica e ainda por dois crimes de detenção ilegal de arma.
Segundo o Ministério Público, o arguido obrigava a mulher a participar em orgias sexuais violentas, sob ameaça de arma de fogo.
O advogado do arguido, Miguel Brochado Teixeira, que defendia a não pronúncia por violência doméstica, sustentou esta terça-feira que a acusação se alicerça em «três ou quatro» indícios, «mas há no processo centenas de outros elementos que indiciam exactamente o oposto».
Uma das testemunhas arroladas pela defesa é José Castelo Branco, que alegadamente era amigo do casal de Famalicão. A sua esposa Betty Grafstein também foi arrolada como testemunha.
Segundo a defesa, Castelo Branco terá estado presente em algumas orgias e poderá testemunhar que a mulher não foi coagida a participar, mas que o fez por sua livre vontade.
Castelo Branco já negou que tivesse participado em qualquer orgia, mas o jornal «Correio da Manhã» publicou fotos de uma das alegadas sessões, que teriam tido lugar em 2006, garantindo que uma das pessoas que aparece nas fotos é o rei do jet-set.
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O arguido, de 47 anos, empresário, está em prisão domiciliária, com vigilância electrónica.
Este caso foi despoletado na sequência de uma investigação por posse ilegal de armas, durante a qual a mulher do arguido se queixou de violência doméstica.
Há fotos no processo com a mulher ostentando nódoas negras no corpo, que a acusação diz serem resultado das agressões do marido, mas que a defesa associa às orgias, em que haveria sessões de sadomasoquismo.
No mesmo processo, há um outro arguido, irmão da alegada vítima, que responderá por dois crimes de detenção ilegal de arma.
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