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«Se o SNS não está a saque, está pelo menos condicionado»

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Duas dezenas de pessoas manifestaram-se junto ao Hospital de Faro contra a deterioração da saúde pública

Cerca de duas dezenas de pessoas protestaram esta sexta-feira junto ao Hospital de Faro contra o que designam de deterioração dos cuidados prestados pelo SNS, numa concentração organizada pelo Movimento de Utentes e que será repetida no sábado noutras cidades.

Virgílio Matos Nogueira, do Movimento de Utentes do Serviço Nacional de Saúde de Faro, explicou à Lusa que o objetivo da concentração foi o de mostrar «indignação face às condições cada vez mais difíceis que estão a ser impostas pelo SNS» à população, nomeadamente o fecho de centros de saúde, o «escandaloso» aumento das taxas moderadoras ou o aumento do preço dos medicamentos.

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O representante do Movimento criticou a resposta «cada vez menos eficiente» que está a ser dada pelos serviços públicos de saúde, que disse ter como objetivo final «a privatização da Saúde» em Portugal.

«Trata-se de promover a privatização pura e simples do SNS e é isso que temos que travar. Se o SNS não está a saque, está pelo menos condicionado ao interesse dos privados», afirmou Virgílio Matos Nogueira, frisando que é necessário «defender um direito que está mais que plasmado na Constituição e que não é respeitado minimamente, que é o da Saúde tendencialmente gratuita».

O dirigente do Movimento de Utentes do SNS criticou ainda as «dificuldades que estão também a ser impostas nas carreiras dos funcionários dos hospitais, que fazem cada vez mais sacrifícios para manterem a resposta aos utentes», assim como as promessas não cumpridas por vários governos de construir o novo Hospital Central do Algarve.

«Isto chegou a esta situação caricata de o Hospital de Faro estar a enviar doentes para operações - que deviam realizar-se aqui no Hospital porque tem valências para isso - para Vila Real de Trás-os-Montes», apontou ainda Virgílio Nogueira, dizendo que isto é «a mesma coisa que dizer vai morrer longe».

Esta foi uma das concentrações previstas pelo movimento, com o apoio de estruturas sindicais, realizadas junto a unidades de saúde do Algarve. Ao final da manhã realizou-se uma junto ao centro de saúde de Portimão, esta tarde foi a vez do Hospital de Faro e do centro de saúde de Lagoa e no sábado de manhã está prevista uma ação junto ao centro de saúde de Vila Real de Santo António.

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