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Testemunha acusa Avelino de esquema de diplomas falsos

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Diz que há funcionários da câmara quem nunca foram ao Brasil, mas têm cursos em escolas brasileiras

A testemunha-chave do processo contra Avelino Ferreira Torres acusou esta terça-feira o ex-presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses de comandar um esquema de distribuição de diplomas falsos.

«Há colegas meus na Câmara que nunca atravessaram o Atlântico, nunca vieram ao Brasil e mesmo assim têm cursos em escolas brasileiras», acusou José Faria, momentos antes de embarcar num voo de regresso a Portugal, citado pela agência Lusa.

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«São pessoas que eram funcionárias dele (Ferreira Torres), o mentor desses diplomas, e que usaram esses cursos apenas para subir de categoria na Câmara», afirmou.

José Faria avançou que planeia denunciar os diplomas falsos e as supostas actividades ilegais do ex-presidente da Câmara Municipal.

«Contarei tudo o que sei. Chega, basta desse género de políticos no nosso país», disse aos jornalistas, em declarações no aeroporto de São Paulo.

Sem protecção policial assegurada

José Faria embarcou às 22:30 horas (02:30 de quarta-feira em Lisboa), num voo da companhia Varig, com destino a Madrid, sem contudo ter assegurada uma protecção policial na sua chegada a Portugal.

A testemunha-chave não soube dizer qual será o seu destino quando aterrar na capital espanhola, se seguirá numa escolta policial para Marco de Canaveses ou se regressará a Portugal sozinho. «Pedi e espero que me seja concedida a protecção policial. Espero que os policiais estejam à minha espera. Confio na Justiça Portuguesa», disse.

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«Regresso com um pouco de receio porque ele (Ferreira Torres) é capaz de tudo. Ele não faz mal a ninguém, não bate em ninguém, mas pode pagar para alguém fazer isso», sublinhou José Faria.

Atacado no Brasil

José Faria voltou a afirmar que foi para o Brasil com a promessa de receber uma dívida supostamente contraída com o pagamento de impostos por negócios de que foi «testa-de-ferro» do ex-presidente. «Acabei por não receber (a dívida) e me meter aqui numa novela em que provavelmente o objectivo era matar-me. Estou arrependido de ter vindo», afirmou.

A testemunha-chave acredita que a sua viagem fazia parte de um plano do ex-presidente da Câmara de Marco de Canaveses para o eliminar no Brasil. Ao chegar ao Brasil, José Faria foi agredido por um homem chamado Moreno, supostamente a mando de Ferreira Torres. Teve que fugir do agressor e permaneceu escondido, desde então, na casa do primo José Manuel Pereira Mendes, na cidade de Santos, a 100 quilómetros de São Paulo.

Em declarações aos jornalistas na semana passada, Ferreira Torres negou qualquer envolvimento na deslocação de José Faria para o Brasil.

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