A Brigada de Trânsito da GNR mudou a estratégia de patrulhamento nas estradas portuguesas. O resultado é um aumento no número de veículos fiscalizados e na quantidade de multas passadas, nomeadamente no que diz respeito a álcool e na velocidade. Dois dos principais factores que contribuem para a sinistralidade rodoviária.
De Janeiro a Outubro de 2006, a BT realizou mais 6.670 patrulhas auto do que em igual período no ano passado. «Mudamos a nossa forma de estar. Estamos mais vezes próximo do cidadão. Ao mudar nossa estratégia estamos mais presentes», explicou ao PortugalDiário o major Lourenço da Silva, da BT.
PUB
A Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) reconhece este incremento de fiscalização e o papel importante na redução da sinistralidade, mas adianta que nem tudo é positivo. «A nossa BT circula a 150 km/h nas auto-estradas para acompanhar os nossos condutores. Acabando por ser menos visível. Já a Guarda Civil espanhola não circula a mais de 90 km/h, o que permite que sejam vistos por muitos mais condutores», defendeu o presidente, Manuel João Ramos.
O aumento do número de patrulhas traduz-se num aumento de fiscalizações, especialmente na velocidade. Até ao final de Outubro, a BT já tinha fiscalizado mais 795 mil automóveis do que no ano passado. «É quase um milhão a mais de veículos que passaram pelo controlo da BT. A acoplagem de equipamentos digitais aos radares permitiu-nos, também, aumentar a capacidade de serviço», sustenta o major.
Este ano, também já mais condutores foram obrigados a ir ao balão. Só na aérea da BT, foram fiscalizados mais 13.113 automobilistas. Foram registados menos 37 casos de excesso. «É uma diferença pequena, no entanto, não deixa de indicar que também no álcool há uma diferença de comportamento», explicou. O número de detidos por excesso de álcool, mais de 1,2 g/l de álcool no sangue, também diminuiu: menos 204.
No total, a BT passou mais 64.400 multas do que no ano passado. «Há mais gente a sentir a eficácia da lei e isso trouxe resultados», acrescentou.
PUB