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Incêndios consumiram quase 20 mil hectares este ano

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Julho foi o mês mais destrutivo

Os incêndios florestais registados em Portugal entre Janeiro e Julho deste ano destruíram 19346 hectares, entre povoamentos florestais (7919 hectares) e matos (11428 hectares), tendo o maior número de ignições ocorrido em Julho, anunciou esta terça-feira a Autoridade Florestal Nacional (AFN), noticia a Lusa.

No período em análise registaram-se 8753 ocorrências de fogo (1390 incêndios florestais e 7363 fogachos), que resultaram na área ardida total de 19346 hectares, segundo um relatório provisório da AFN, organismo do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.

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«A onda de calor que se fez sentir essencialmente na última semana de Julho contribuiu para o acréscimo de área ardida registado, muito embora os valores se mantenham bem abaixo da média dos últimos anos», refere o documento.

Acrescenta que, «analisando o histórico, entre 2000 e 2010, do total de ocorrências e área ardida, até 31 de Julho verifica-se que no presente ano os valores do número de ocorrências são inferiores aos registados nos anos anteriores, à excepção de 2007 e 2008».

Segundo a AFN, o número de ocorrências registado em 2010 representa 76 por cento da média do decénio (menos 2779 ocorrências) e o total de área ardida, para o mesmo período, aproximadamente 40 por cento da média dos 10 anos anteriores (menos 29638 hectares).

Observando as estatísticas distritais, no período em análise, verifica-se que o maior número de ocorrências de fogo se registou no distrito do Porto (2372), «valor fortemente influenciado pelo elevado número de fogachos registado nesse distrito (2171), afectando áreas inferiores a um hectare».

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Distritos como Aveiro e Braga apresentam também um total de ocorrências elevado, respectivamente 1225 e 1048, sendo sempre o número de incêndios florestais muito inferior ao de fogachos, de acordo com a AFN.

Os distritos do Porto, Aveiro e Braga concentram 53 por cento do total de ocorrências registadas no período em análise.

Já no que respeita às áreas ardidas, o distrito de Aveiro regista a maior área (4131 hectares), logo seguido de Viana do Castelo (3132 hectares). Estes dois distritos com Braga perfazem metade da área ardida contabilizada até à data.

Regista-se ainda um aumento da área ardida em povoamentos florestais face à quinzena anterior, sendo, contudo, inferior à área ardida de matos no cômputo total.

Da análise das estatísticas mensais, observa-se que o maior número de ignições ocorreu em Julho, com 5308 ocorrências, valor superior à média do decénio e que representa cerca de 61 por cento do total.

Julho foi igualmente o mês com maior número de reacendimentos, com 148 registos. Mais de 50 por cento das ocorrências cuja causa foi investigada e apurada pela GNR, até agora, resultaram de negligência por uso do fogo (queimas, queimadas, fogueiras e cigarros, entre outras), refere igualmente o relatório da AFN divulgado hoje.

Até 31 de Julho foram contabilizados 22 grandes incêndios (área igual ou superior a 100 hectares), dos quais 19 foram registadas entre 20 e 31 de Julho, que afectaram cerca de 58 por cento da totalidade da área ardida nos primeiros sete meses do ano.

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