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Dois mil desempregados vão limpar as florestas

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Medida anunciada pelo secretário de Estado da Administração Interna, João Pinto de Almeida, que tira assim temporariamente algumas pessoas do desemprego e evita os fogos florestais

Este verão a iniciativa vai beneficiar 2.200 pessoas (que vão receber 419 euros com subsídios de refeição e transporte) e custa ao Estado 6.5 milhões de euros. Desde 2012, quando começou, até agora já envolveu quase três mil desempregados, de todas as regiões do país.

Mais de 2.000 desempregados vão este verão trabalhar na prevenção de fogos florestais, numa altura em que a GNR já prendeu mais pessoas pelo crime de incêndio do que em todo o ano passado.

“Este ano, o número de detenções pelo crime de incêndio florestal é superior ao de todo o ano passado, e ainda não entrámos na fase charlie” (considerada a mais crítica), disse esta terça-feira o secretário de Estado da Administração Interna, João Pinto de Almeida.

Até agora, precisou, foram instruídos 38 processos.

O responsável falava numa cerimónia que juntou também os ministros da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, e da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, destinada a reeditar um protocolo que se tem celebrado nos últimos anos e que visa empregar na limpeza e vigilância das florestas desempregados de longa duração.

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"Desempregados" vão receber 419 euros e subsídios

É “um trabalho social a juntar ao já organizado na prevenção e combate aos incêndios”, disse o secretário de Estado, evidenciando o trabalho de prevenção e sensibilização da GNR junto das populações para a limpeza de matas. Das pessoas contactadas pela GNR, disse, 70 por cento fizeram voluntariamente essa limpeza.

Mas além da valorização e proteção da floresta a iniciativa permite, acrescentou Pedro Mota Soares, reinserir as pessoas no mercado de trabalho e evitar a marginalização. Dá-se preferência, explicou, a desempregados de longa duração, beneficiários do rendimento social de inserção, “os mais excluídos e os com mais dificuldades em regressar ao mercado de trabalho”.

Além de que, disse Assunção Cristas, “tudo o que se possa fazer para juntar esforços” na defesa da floresta “é de louvar”, e o balanço do ano passado “é muito positivo”.

O Governo já tinha dito na segunda-feira (através de um comunicado) que o protocolo “Trabalho Social pelas florestas” pretende valorizar e proteger a floresta e melhorar os níveis de empregabilidade e promover “a reinserção no mercado de trabalho dos cidadãos que se encontrem em situação de desemprego, através do desenvolvimento de trabalho socialmente necessário”.

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