Já fez LIKE no TVI Notícias?

Maioria das mulheres não toma ácido fólico antes de engravidar

Relacionados

Instituto Nacional de Saúde indica que as mulheres que desejam engravidar devem iniciar suplemento com ácido fólico pelo menos dois meses antes de suspender o método contracetivo utilizado

Os defeitos do tubo neural (DTN) são uma das anomalias congénitas mais frequentes no mundo ocidental e englobam várias situações, desde formais letais como a anencefalia a outos problemas corrigíveis.

A percentagem de mulheres que toma ácido fólico antes da gravidez é reduzida e pode estar a comprometer a prevenção de algumas anomalias congénitas como os defeitos do tubo neural, segundo um relatório do Instituto Nacional de Saúde.

No Registo Nacional de Anomalias Congénitas deu-se um ligeiro aumento da percentagem das grávidas que iniciaram suplemento de ácido fólico antes da gravidez entre 2004 e 2010, mas que ainda assim só representavam 6,2% das mulheres.

“A prevenção primária dos defeitos do tubo neural pode estar comprometida, considerando a reduzida percentagem de mulheres que tomou ácido fólico na fase pré-concecional”, refere o relatório do Registo de Anomalias Congénitas hoje divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

No documento, sublinha-se que toda a mulher que deseja engravidar deve iniciar suplemento com ácido fólico pelo menos dois meses antes de suspender o método contracetivo utilizado.

PUB

“A grande maioria das grávidas iniciou a toma de ácido fólico durante o 1º trimestre da gravidez (26,6%), o que compromete a redução da prevalência dos defeitos do tubo neural, uma vez que o encerramento do tubo neural acontece antes do final do primeiro mês de vida do embrião”, indica o documento do INSA.

O relatório relembra que as anomalias congénitas se tornaram uma das principais causas de mortalidade e morbilidade infantil e traça o cenário em Portugal no período de 11 anos, de 2000 a 2010.

Durante este tempo foram notificados 11.502 casos e diagnosticadas mais de 17 mil anomalias, com as múltiplas anomalias a serem registadas em menos de três em cada dez casos.

As anomalias cardiovasculares surgem como as mais prevalentes, com 38,8 casos por 10.000 nascimentos, seguido das alterações músculo-esqueléticas. As anomalias em cromossomas apresentaram uma prevalência de 13,42 casos por 10 mil nascimentos.

A deteção precoce dos casos de anomalias congénitas tem aumentado e está relacionada com a melhoria dos cuidados de saúde durante a gestão, com 43% das situações a serem diagnosticadas na fase pré-natal.

Cerca de 80% das gestações com anomalias genéticas terminaram no nascimento de uma criança viva, em 17,4% das gestações os pais optaram pela interrupção médica da gravidez e 1,6% das gravidezes terminou em morte fetal.

O Registo Nacional de Anomalias Congénitas exclui todos os casos de defeitos metabólicos ou funcionais, as deformações ou lesões devidas a traumatismo no parto.

PUB

Relacionados

Últimas