O jovem que matou o padrasto em Junho de 2009, em Moreira de Cónegos, Guimarães, admitiu ter cometido o crime, «apenas proteger a mãe». O jovem começou a ser julgado esta quarta-feira.
Com 23 anos, José Mário é agora acusado de ter morto o padrasto, recorrendo a uma jarra de vidro, na noite de 21 de Junho de 2009 depois de «mais» um episódio de violência doméstica.
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«Nunca tive intenção de lhe tirar a vida. Apenas queria que ele largasse a minha mãe», confessou José acrescentado que o padrasto estava a «agarrar e agredir» a sua mãe.
«Era o costume. Ele bebia demasiado e ficava muito violento. Quando cheguei a casa, os meus vizinhos contaram-me que tinha havido confusão», contou em tribunal, acrescentando que reparou que a mãe e o irmão «estavam a deitar sangue».
José dirigiu-se de imediato ao quarto do padrasto para «tirar satisfações» e este «começou com ameaças, insultos e pontapés».
A mãe envolveu-se entre o filho e o marido para os «separar», mas o padrasto «começou a agredi-la». «Eu não podia ver a minha mãe a levar e não fazer nada», afirmou.
José, para «tirar dali» a mãe pegou numa jarra, que já estava partida no chão, e atirou-a em direcção ao padrasto «para ele ter algum reflexo de se proteger» e largar a mulher.
O objecto atingiu a vítima no pescoço tendo morrido alguns minutos depois no terraço da casa. José garante que ainda socorrer o padrasto, mas sem sucesso.
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«Mal me apercebi da gravidade da ferida liguei para o INEM e fiz tudo o que me mandaram. Mas não adiantou», contou.
O arguido admitiu que tinha uma «boa relação» com a vítima quando o padrasto «não bebia». No entanto, ultimamente «bebia todos os dias, por causa de estar desempregado».
As análises feitas ao sangue da vítima revelam que na altura dos factos apresentava um nível de 2,93 gramas por litro de sanque.
Ainda esta tarde serão ouvidas as restantes testemunhas e os inspectores da PJ que seguiram o caso.
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