A gripe A pode matar até 8700 portugueses. O cálculo é feito pelos especialistas, no pior cenário possível: o vírus H1N1 pode afectar até 25 por cento da população, sendo que a taxa de mortalidade pode ir até 0,35 por cento.
Ministra da Saude: «Não tenho máscaras nem vou comprar Tamiflu»
PUB
«Tendo em conta as indicações internacionais, que dizem que o H1N1 pode afectar 25 por cento da população europeia, olhando para o nosso país e usando a taxa de letalidade do vírus da última gripe sazonal, chegamos aos 8700», explicou a epidemiologista Cristina Furtado ao DN.
No entanto, este não é um número passível de alarmismo, até porque a gripe A até tem sido mais benigna do que a gripe comum, que todos os anos mata, em Portugal, quase duas mil pessoas.
60 milhões de europeus vacinados
Ou seja, mesmo que 25 por cento (2,5 milhões) fique infectado, se a taxa for de 0,1 por cento, serão cerca de 2500 mortes, um número que ronda o da gripe sazonal.
«Sabemos que vamos ter mais casos de gripe este ano, porque é vírus novo e ninguém tem protecções contra ele. Logo, podemos ter mais mortos. Mas é preciso encarar estes números sem drama», disse a consultora do Ministério da Saúde, acrescentando que «como estamos em alerta para este novo vírus, a vigilância é maior, e é provável que haja mais pessoas a serem diagnosticadas e tratadas a tempo».
Caso a pandemia seja travada através das medidas do ministério, apenas cinco por cento dos portugueses podem ficar doentes. Com uma taxa de 0,1 por cento, isso significará 500 mortes.
PUB