Maioria dos inquiridos de um estudo do site «Gripenet», do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), acredita que vai escapar à Gripe A. O inquérito feito online, entre Junho e Julho de 2009, mostra que 70% dos inquiridos acredita que não vai contrair o vírus H1N1.
Por isso mesmo, apenas 26% dos inquiridos diz estar muito preocupado com a Gripe A, mesmo em caso de crianças na família. Comparando com outras doenças, os inquiridos consideram que o risco de contraírem gripe sazonal é praticamente o mesmo de ficarem doentes com cancro ou doença cardíaca, ou mesmo de sofrerem um acidente de viação. A maior parte dos inquiridos, 44%, considera que há um risco «intermédio» de ficarem doentes com gripe sazonal e por isso estão «medianamente» calmos perante o desenrolar da pandemia.
PUB
Os inquiridos revelam ainda que estão dispostos a tomar algumas medidas de precaução para evitar o contágio com o vírus da gripe. Pelo Outono, altura mais propícia às gripes, a esmagadora maioria, 79,3%, manifesta que vai passar a lavar as mãos com mais frequência, enquanto que 64,8% vai evitar viajar para países onde se registam casos de Gripe A, 62,5% vai evitar pessoas com tosse, espirros ou outros sintomas gripais. Entre as medidas mais populares de precaução encontram-se também a fuga aos locais de concentração de pessoas (59,1%), o uso de desinfectantes (47,2%) e evitar idas aos hospitais ou centros de saúde (46,8%).
A maioria não vê inconvenientes em usar os transportes públicos (53,4%), enquanto que também não pretende comprar anti-virais (57,3%), nem usar máscara (57,5%).
De notar que os inquiridos se mostram bem informados acerca da Gripe A. Os sintomas da infecção por vírus H1N1 foram identificados sem dificuldade e a esmagadora maioria (83,3%) também sabe que a vacina da gripe sazonal não é eficaz contra esta nova estirpe. Há, no entanto, que salientar que a maioria dos inquiridos pelo «Gripenet» tem habilitações literárias acima da média, sendo que 81,65% dos inquiridos tem o 12º ano ou mais.
Em relação ao tratamento noticioso da Gripe A, 30% dos inquiridos admitiu que ficou mais preocupado após as notícias sobre a doença. A maioria considera que as notícias veiculas pela televisão, sites de informação, rádio e jornais são «rigorosas», no entanto, confiam mais nos comunicados oficiais.
PUB