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«Violador de Telheiras» está «arrependido», diz advogado

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Julgamento de Henrique Sotero está marcado para a próxima sexta-feira, em Lisboa

Henrique Sotero, conhecido como «violador de Telheiras», começa na sexta-feira a ser julgado, em Lisboa, por 11 crimes de abusos sexuais e, segundo o seu advogado, está arrependido e consciente dos actos que praticou.

António Pereira da Silva, advogado de defesa de Henrique Sotero, garantiu à Agência Lusa que o seu cliente «está arrependido do que fez e consciente da ilicitude dos seus actos».

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«O meu cliente tem perfeita consciência da ilicitude e a defesa nunca tentará branquear o que não tem branqueamento possível», afirmou o advogado, que espera que os juízes sejam «ponderados, sensatos e com experiência de vida».

Henrique Soterro, um engenheiro químico de 30 anos sem antecedentes criminais, está acusado de 11 violações, alegadamente sete casos ocorridos em Telheiras, três em Alfragide e um em Oeiras, tendo sido detido a 5 de Março de 2010 pela Polícia Judiciária no seu local de trabalho.

«Estamos empenhados em contribuir para um julgamento justo, em que todas as circunstâncias que rodearam a prática dos crimes sejam consideradas», assegurou Pereira da Silva, garantindo que o arguido «está calmo».

Henrique Sotero pode estar sujeito a uma pena de prisão de três a dez anos.

O julgamento de Henrique Sotero vai decorrer nas Varas Criminais, no Campus da Justiça de Lisboa.

Quatro perfis de violadores

Os violadores estão divididos em quatro perfis, sendo o mais comum o chamado violador de oportunidade, homem entre os 40 e 50 anos, que ataca na via pública e desconhece as suas vítimas, explicou à Lusa uma psicóloga da PJ.

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Segundo a psicóloga da Polícia Judiciária (PJ) Cristina Soeiro, o estudo partiu da análise de 48 casos e foi possível concluir que o perfil que explica melhor o fenómeno da violação é o da oportunidade, «no qual o agressor comete a violação numa via pública ou numa zona descampada, a motivação do violado, que ronda os 40/50 anos, é a gratificação sexual imediata, tendo um baixo controlo dos impulsos».

Nestes casos, o violador não tem habitualmente antecedentes criminais, é pacífico e simpático na abordagem que faz à vítima, sendo elas próprias «de oportunidade, portanto desconhecidas».

«De um modo geral, neste padrão, o violador não conhece a vítima e usa apenas a violência necessária para cometer o crime. Não usa armas, mas apenas o fator surpresa», explicou Cristina Soeiro.

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