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Contradições no julgamento de Maria das Dores

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Co-autor do homicídio nega tudo. E diz que foi o motorista

A manhã da primeira sessão do julgamento de Maria das Dores pela morte do marido ficou marcada pelo depoimento de Paulo Horta, alegado co-autor material do homicídio. O arguido contradisse a confissão anterior e disse ao juiz que não matou ninguém.

Esta manhã, os três arguidos (Maria das Dores, João Paulo e Paulo Horta) foram identificados, mas apenas este último prestou depoimento até à interrupção para almoço. Paulo Horta é acusado de ser co-autor material do homicídio, juntamente com João Paulo, ex-motorista de Maria das Dores, que o terá contratado.

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Este cabo-verdiano tinha confessado ter participado no crime, mas, perante o juiz, contou outra versão da história. «Não fui contratado por ninguém e nunca matei ninguém. Fui enganado pelo João Paulo, que não é de confiança», disse. Resumindo, disse que não segurou nas pernas do empresário, nem lhe colocou um saco de plástico, nem usou luvas, conforme consta da acusação.

Negou também ter enviado uma mensagem escrita, após o crime, ao brasileiro João Paulo solicitando mais dinheiro devido a dificuldades económicas.

O arguido explicou que só soube da intenção do ataque no próprio dia e que o cúmplice João Paulo o obrigou a colaborar, sob ameaça de uma arma de fogo. «Disse-me para ficar quieto e eu fiquei assustado e a tremer, não pude ajudar o homem. Ameaçou a minha família».

Crime

Recorde-se que o empresário Paulo Cruz, de 44 anos, foi encontrado morto no passado dia 20 de Janeiro no apartamento que tinha alugado, na Avenida António Augusto Aguiar, em Lisboa.

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A acusação do Ministério Público considera que o crime foi premeditado, acusando Maria das Dores Cruz, João Paulo e Paulo Horta de homicídio qualificado, podendo a pena chegar ao máximo previsto na lei (25 anos).

Os bombeiros depararam-se com o corpo do empresário caído entre o corredor e a cozinha, com um saco de plástico na cabeça seguro por um fio eléctrico, morto com duas pancadas na cabeça. A mulher do empresário e o ex-motorista estão detidos preventivamente desde Fevereiro.

Segundo a acusação, Maria das Dores terá prometido pagar 150 mil euros aos alegados autores materiais do homicídio do empresário.

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