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Matou idoso, mas não se lembra

Jovem de 21 anos terá desferido um pontapé num homem de 60 que provocou a sua morte três dias depois

O estudante estrangeiro acusado de agredir brutalmente um homem de 60 anos, que acabou por morrer dias depois, alegou esta sexta-feira, no Tribunal de Braga, não se lembrar de nada, justificando este «apagão» com o excesso de bebida.

De acordo com a Lusa, na primeira audiência do julgamento, o arguido, de 21 anos, disse que no dia dos factos bebeu grandes quantidades de shots, tequilha e cerveja, para esquecer o desgosto provocado pelo notícia de que os pais da namorada, na altura grávida de sete meses, a quereriam levar para Cabo Verde.

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Aproveitando o facto de, nesse dia, haver uma promoção de shots num bar da cidade de Braga, o arguido bebeu «muito mais do que era habitual» e, segundo alegou, não se lembra de mais nada do que aconteceu depois de sair desse estabelecimento.

Segundo a acusação, o arguido e alguns amigos foram depois para uma roulotte de bifanas, onde ingeriram mais bebidas alcoólicas.

Pouco depois, o arguido terá dado um violento pontapé no peito de um transeunte, de 60 anos e localmente conhecido por «Lopinhos», provocando-lhe lesões que viriam a estar na origem da sua morte, três dias depois.

O arguido, de 21 anos, responde pelo crime de ofensa à integridade física qualificada, agravado pelo resultado - a morte da vítima.

Os factos remontam à madrugada de 9 de abril de 2011, quando o arguido, depois de percorrer alguns bares de Braga, parou em uma roulotte de bifanas, no largo do antigo mercado abastecedor da cidade.

Aí, terá começado a provocar distúrbios, falando alto, pondo-se à frente dos outros clientes e dirigindo-lhes palavras insultuosas.

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Mais à frente, encontrou um homem de 60 anos, deu um salto no ar e desferiu-lhe um pontapé no peito, num «ataque de artes marciais».

A vítima bateu com a cabeça no chão, ficou inanimado, a sangrar por um ouvido e acabou por morrer três dias mais tarde, no Hospital de Braga, não resistindo às lesões cranioencefálicas que sofreu.

O arguido, aluno na Universidade Católica, de Braga, garante que não se lembra de nada.

Segundo a acusação, agiu «de forma gratuita e inopinada», para «demonstrar que sabia artes marciais», atuando de «maneira brutal e absolutamente injustificada».

Foi detido pela Polícia Judiciária de Braga, mas acabou por ser libertado pelo juiz de instrução criminal, que apenas lhe aplicou termo de identidade e residência.

A vítima era natural de Barroselas, Viana do Castelo, mas vivia em Braga.

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