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Hospital tem doentes internados nos corredores

Abriu há menos de seis meses, mas casos de AVC e pneumonia permanecem nos corredores. Dez em cada 100 têm de ser reinternados

O hospital de Cascais abriu há pouco mais de seis meses, mas tem doentes internados em macas nos corredores: há casos de AVC, pneumonias e outras doenças respiratórias, todos juntos fora dos quartos.

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Dez em cada 100 doentes têm de ser reinternados e enfermeiros e médicos estão a abandonar a unidade. Os profissionais queixam-se de falta de organização e avisam que a saúde de doentes, profissionais e visitas está em risco.

Dia e noite, o serviço de medicina está sobrelotado e os doentes recebem cuidados nos corredores. Quando conseguem um quarto, a maca onde estiveram é logo ocupada por outro doente.

A unidade sedeada em Cascais custou 60 milhões de euros e tem gestão público-privada do grupo HPP da Caixa Geral de Depósitos. Serve o concelho de Cascais e algumas freguesias de Sintra.

Enfermeiros e médicos alertam para o risco da falta de profissionais, queixam-se da sobrecarga de trabalho e avisam: a saúde dos mais experientes diminui a qualidade dos cuidados. O hospital desmente as acusações, explica que motivos pessoais motivaram as saídas, mas adianta já ter substituído seis enfermeiros.

«Há um aumento muito grande da procura, mesmo de pessoas que moram fora destes dois concelhos. Excede, em alguns dos caos, os 22%, por isso é óbvio que temos mais doentes internados. Os doentes procuram-nos, porque sentem que aqui têm mais segurança e mais qualidade. Nós temos de dar resposta a isso», esclareceu João Varandas, director-clínico do Hospital de Cascais.

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A TVI contactou médicos e enfermeiros do Hospital de Cascais: todos rejeitaram falar em frente das câmaras. Dizem recear que a administração não assine o documento que permite a saída para outra unidade de saúde. Pelo menos 29 enfermeiros e 5 médicos já abandonaram ou deixam o hospital até ao final do mês.

Enfermeiros e médicos alertam para o risco da falta de profissionais, queixam-se da sobrecarga de trabalho e avisam: a saída dos mais experientes diminui a qualidade dos cuidados. O hospital desmente as acusações, explica que motivos pessoais motivaram as saídas, mas adianta já ter substituído seis enfermeiros.

«Estamos num processo de acreditação com a join commition. Acha que seria possível estarmos num processo de creditação e de querermos a qualidade no serviço aos doentes e depois não queríamos que eles fossem bem tratados ou que os médicos não tivessem condições? Não é possível», esclareceu João Varandas.

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