As falsas urgências no Hospital dr. Nélio Mendonça, no Funchal, onde há cerca de um mês começaram a ser aplicadas taxas moderadoras para doentes não urgentes, diminuíram 38 por cento, informou esta quinta-feira o Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM).
«De 14 de julho a 13 de agosto de 2012, foram atendidos no serviço de urgência do hospital Dr. Nélio Mendonça, com verde e azul na triagem de Manchester, 2.564 utentes», disse à Lusa o presidente do SESARAM, Miguel Ferreira.
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Segundo o responsável, no mesmo período do ano passado, com verde e azul na triagem de Manchester, foram atendidos 4.114 utentes, «correspondente a uma quebra de 38 por cento».
Questionado se esta diminuição se deve à introdução de taxas moderadoras, Miguel Ferreira disse: «Provavelmente, uma vez que não sendo situações consideradas graves o utente poder escolher a ida ao respetivo centro de saúde».
Em maio, o Governo da Madeira publicou uma resolução no jornal oficial da região a dar conta que os utentes iriam passar a pagar taxas moderadoras na urgência do hospital do Funchal.
De acordo com a resolução, a medida resulta de uma «imposição» do programa de assistência financeira à região e apenas contempla «utentes a quem seja atribuído, no âmbito do Sistema de Triagem de Manchester, a prioridade pouco urgente (cor verde) e a prioridade não urgente (cor azul)».
O presidente do SESARAM adiantou que no mesmo período pagaram taxas moderadoras 845 utentes, tendo o serviço encaixado até segunda-feira 18.951,13 euros.
Sobre este valor, Miguel Ferreira salientou que «as expetativas não se enquadram na obtenção de receita, mas sim na diminuição de 'falsas urgências'».
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