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Morte: médicos culpam Sócrates

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Bastonário responsabiliza PM pela morte de uma idosa no Hospital de Aveiro, enquanto esperava atendimento. «Urgências estão a funcionar para além das suas capacidades». «É a José Sócrates que devem ser imputadas responsabilidades» Hospital abre inquérito a morte de idosa Bombeiro denuncia «ilegalidade» no socorro

O bastonário da Ordem dos Médicos responsabilizou esta quinta-feira o Governo e o primeiro-ministro pela morte de uma idosa no Hospital de Aveiro, atribuindo a situação à sobrecarga da urgência, e ilibou a unidade de saúde e os profissionais, refere a Lusa.

«Que fique bem claro que a responsabilidade do que se passa no terreno é da errada política de Saúde do Governo. É ao primeiro-Ministro José Sócrates que devem ser imputadas responsabilidades», afirma José Manuel Silva, o bastonário em exercício.

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«Tal como a Ordem dos Médicos tem insistentemente chamado a atenção, as urgências hospitalares estão a funcionar para além do limite das suas capacidades para atender os doentes, com qualidade, humanidade e rapidez. É óbvio, portanto, que a responsabilidade do que aconteceu não pode ser imputada ao Hospital de Aveiro e aos seus profissionais de saúde», conclui.

O comunicado, em que o bastonário apresenta condolências à família da vítima, reporta-se ao caso de uma idosa que morreu terça-feira nas urgências do Hospital de Aveiro sem sequer ter chegado a receber assistência médica, após uma espera de quatro horas, e questiona quantos casos terão já acontecido no anonimato.

A doente deu entrada na Urgência do Hospital de Aveiro pelas 14:00 e, na fase de triagem, foi-lhe atribuída a cor amarela, pelo que teria de ser observada por um médico no espaço de uma hora.

Quando finalmente ia ser observada por um médico, pelas 17:45, três horas e 45 minutos depois de ter dado entrada, estava morta.

O bastonário em exercício salienta que a Ordem «tem denunciado as dramáticas consequências para o Serviço Nacional de Saúde e para os doentes do estranhamente acelerado encerramento dos recursos disponíveis para o atendimento de proximidade em situações de urgência/emergência».

Para José Manuel Silva, «não é possível continuar com mais encerramentos e devem ser reabertos alguns dos locais já encerrados, até a lenta reforma dos cuidados de saúde primários produzir alguns efeitos», bem como se concretizarem outras medidas como alargar a reforma dos cuidados continuados, ser conhecida a rede de emergência pré-hospitalar e a rede de referenciação das urgências ser divulgada e operacionalizada.

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