O ministro da Administração Interna prometeu hoje que o Governo «tudo fará», na regulamentação das leis orgânicas da PSP e da GNR, para valorizar os investigadores criminais destas forças policiais, noticia a Lusa.
«No âmbito da regulação das leis orgânicas da GNR e da PSP, que está a ser estudada com as associações, tudo faremos para que seja convenientemente valorizada a prevenção e a investigação criminal», disse Rui Pereira.
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O ministro falava aos jornalistas em Matosinhos, à margem da cerimónia de encerramento da conferência internacional «Segurança Urbana e Toxicodependência», horas depois de se conhecer o essencial de um abaixo-assinado dirigido por 200 dos 300 agentes da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP/Porto ao director nacional daquela corporação, exigindo a clarificação das suas funções.
No documento, os investigadores criminais da PSP/Porto queixaram-se que são pagos como polícias de giro e têm «formação manifestamente insuficiente». Sustentam também que foram «ofendidos na sua honra e dignidade», em recentes declarações do inspector-geral da Administração Interna, António Clemente Lima.
Isto apesar de, segundo fonte da DIC/Porto, as divisões de investigação criminal da PSP responderem pela investigação de 85 por cento dos crimes ocorridos em Portugal.
O ministro da Administração Interna não comentou detalhes do documento dos polícias do Porto, argumentando que ainda não tinha conhecimento oficial do seu teor, mas reiterou que a investigação criminal na PSP e na GNR «é devidamente valorizada» pelo ele próprio e pelo Governo, no seu conjunto.
Quanto às declarações do inspector-geral da Administração Interna o ministro sustentou que «não há mais esclarecimentos a dar», isto depois das explicações que disse ter recebido do próprio António Clemente Lima que também foram fornecidas às organizações socioprofissionais da polícia.
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