O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, admitiu hoje em Guimarães que possam existir elementos da PSP ou da GNR, entre 50 mil agentes nas duas forças de segurança, envolvidos em negócios de segurança nocturna.
Questionado pelos jornalistas sobre o alegado envolvimento de agentes da PSP em negócios de segurança nocturna, por exemplo em Lisboa e Porto, Rui Pereira disse que a regra é as forças de segurança serem compostas «por homens dedicados, íntegros e competentes».
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No entanto, notou, «a excepção confirma a regra: em forças de segurança que comportam cerca de 50 mil pessoas, entre PSP e GNR, acontece, por excepção, que um ou outro membro pode praticar actos ilícitos. Se os pratica haverá sanções severas no plano disciplinar sem prejuízo de os próprios tribunais, quando for caso disso, punirem os envolvidos».
Rui Pereira, que falava à margem de uma cerimónia de entrega de diplomas do Programa Novas Oportunidades, na Escola Francisco de Holanda, em Guimarães, reafirmou que existe uma investigação em curso levada a cabo pela Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI), frisando contudo que ainda não está concluída e que, por isso mesmo, não há ainda conclusões.
«A IGAI pediu para alargar o âmbito dessas investigações e o adiamento do prazo para as concluir, porque se considerou que haveria outros factos eventualmente relevantes. Quanto mais ampla for a investigação para apresentar resultados mais satisfatórios, melhor. Eu concordo com essa perspectiva e, por despacho, concordei com o pedido», revelou.
Sobre um reforço policial na cidade do Porto, Rui Pereira disse que a recente formação de mil novos agentes da PSP, «a que se somarão brevemente 1.280 militares da GNR», permitiu reforçar as áreas com mais carências em termos de forças de segurança.
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