O papa Bento XVI termina o seu pontificado sem anunciar o sucessor de José da Cruz Policarpo à frente do Patriarcado de Lisboa, que na terça-feira completou 77 anos.
Para o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Manuel Morujão, este facto não causou surpresa, apesar de José Policarpo ter pedido a resignação quando fez 75 anos e o papa lhe ter pedido que ficasse mais dois anos.
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«Não me causa surpresa. Em tempo oportuno, o novo papa tomará esse dossiê», disse à agência Lusa Manuel Morujão, adiantando que «o facto de o papa lhe ter dito (ao patriarca de Lisboa) há dois anos que ficava por mais dois anos, não é uma data matemática, mas aproximativa».
Para o porta-voz da CEP, Bento XVI «tanto poderia antecipar essa data para ano e meio como adiar por três anos», o que, em ambos os casos, «não constituiria surpresa».
O Vaticano anunciou hoje que o papa, que hoje termina o seu pontificado, nomeou - naqueles que serão as suas últimas designações - Joseph Dinh Duc Dao como bispo auxiliar de Xuân Lôc, no Vietname, e Samuel Jofré como bispo de Villa María, na Argentina.
«É natural que, não havendo uma razão urgente para a mudança ¿ como por exemplo a saúde ou qualquer outro fator ¿ não tenha sido feita (a nomeação)», declarou Manuel Morujão, referindo que, por isso, a decisão passa seguramente para o seu sucessor.
«Quando se faz uma indicação dessas é aproximativa», reiterou, insistindo: «Não há nenhuma urgência a solucionar».
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